A arte existe e persiste em permanente criação, mas nem todos têm a sensação de vê-la ou criá-la.
Quem, olhando para um corpo nu de uma mulher verá nele um rosto? Alguns apenas, e muitos outros, por mais que olhem e reolhem, não conseguem ver mais do que aquilo que de facto é.
Assim, pode recorrer-se às leis do movimento para evidenciar quanto possível o desiderato artístico. Mais: o movimento tem a capacidade de falar. Ora... Então não há pessoas que sabem ler as palavras no movimento dos lábios de outrem ainda que nada ouçam?
Bem... Agora ria... Ria saudavelmente, embora haja muita gente que ao contemplar este trabalho de imediato sinta ganas enormes de matar-me...
António Torre da Guia
O Lusineiro |