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Cartas-->Triângulo Espacial Amoroso -- 04/06/2004 - 10:57 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Triângulo Espacial Amoroso.
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Triângulo espacial. Metáfora geométrica.Sem lógica e sem estética. No espaço sideral. No interior de cada ser. De cada casal. Triângulo tal e qual. Triângulo Equilátero. De três lados. Aparentemente, diferentes.
Mas tudo igual. Igual em tudo. Ao lado da conveniência de cada qual. O lado do cochicho. O lado do rabicho. E o lado surdo e mudo. Do casal.

Três interesses. Ligeiramente diferenciados. Compactuados. Acertados em separado. Um lado que é dele. E o outro lado. O lado que é dela. O lado amado. O lado de sempre. Que é bem cuidado. O lado casado. O lado do amante. O lado complicado.
Em dia de feriado.

Os dois lados ficam juntos. Sem compromisso. Em separado. Dois lados apenas. E muitos pontos em comum. Que compartilham dos mesmos objetivos. Da mesma seta. Que aponta na mesma direção. Mas nunca acerta.
No coração.

Lados que se transformam quando se deitam. Na mesma cama. Retangular e profana. Quando se tocam. Quando se amam. Dentro de um mesmo quadrado.

Duas retas paralelas. Que não se gostam. Mas se desejam. Que se encontram e que se beijam. São retas paralelas. Que não se cruzam.
Ao mesmo tempo, ao lado dela. Em torno dela.

São círculos em ciclos. Que se repetem. Que giram em torno. Fazendo o contorno. Em torno dela. Aparando as arestas. Alguns cuidados. Algumas brechas. Brechas de dúvidas. De receios. Sempre fechadas.
Jamais tocadas.

Pontos controvertidos. Não são abertos. Nem são fechados.
Nem são redondos. Nem são quadrados. Pontos de divergências. Sem convergências. Silenciados.

São ciclos apaixonados. Ciclos que acontecem. Ciclos que se rolam. E se enroscam. E se embolam. Se descontrolam. Que vão e que vêm. E vão embora. Saindo pela tangente. Bem diferente. Do escaleno. Quando o amor é pequeno. Indefinido. Indeciso. Incompreendido.
Não tem lado certo.
E ninguém por perto.

Mas de longe é escondido. É infiel. Perante o céu. É anormal. Espacial.
Na terra do existencial, é transformado pelo desejo incontido. Desejo carnal. Por conta da geometria do sensual.

O amor de antes. O amado amante. Por um instante. No infinito.
Um lado sabe. O outro sente. E se ressente. Um vai embora. O outro ausente. E assim termina esse traçado. Jaz descoberto. Futuro incerto.

Surge a premissa. A conclusão em linha reta. Os amores são redondos. Ou são quadrados. Infinitos e finitos, enquanto perduram. E de várias formas. Tendo os desejos e os caprichos, como normas.

Em linhas retas ou sinuosas. Ou insinuantes. E que precisam, por alguns instantes. De alguns traçados.
Com dois lados.

Que se cruzam ou que ficam em paralelas. Formando ângulos escalenos. Ou isósceles, quando menos.

Que, dependendo do ângulo em que se olha, pode aparecer mais um traçado. E o amor passa, assim, a conviver a trÊs, no círculo fechado de um triângulo.

04 de junho de 2004 (com correções))
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