SEDE DE AMOR
Teus pequenos seios
me enlouquecem.
Tento controlar
essa vontade louca
de tua alma sugar,
deixar seco o rio
desse teu corpo,
que corre num fio
caindo aos poucos.
Teus lábios loucos
não falam, porém,
em murmúrio rouco
chamam alguém.
E, impetuoso amor
que não se contém,
fica em você
com todo ardor
que ainda tem.
Sôfrega, gulosa
me prendes assim
qual caverna
que não tem fim.
És no entanto
tranquila nascente
de amor, de gozo
feito água
transparente.
Riva
14/01.; 06 |