Usina de Letras
Usina de Letras
153 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62266 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10379)

Erótico (13571)

Frases (50658)

Humor (20039)

Infantil (5450)

Infanto Juvenil (4776)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6203)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->REFLEXÕES NUM QUARTO DE HOSPITAL -- 23/10/2007 - 20:11 (Val Bomfim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REFLEXÕES NUM QUARTO DE HOSPITAL


Encolhidinha no canto do sofá, em uma atitude de desproteção total, estou eu, vendo o desfilar das horas intermináveis a espera do retorno de um ente querido do centro cirúrgico.
Coração acelerado, parecendo dizer que a aflição está insuportável.
O medo açoita minha mente, minha alma e meu físico. Retira o meu potencial de vida e restringe os meus movimentos. Por perto ninguém para dar uma palavra ou me tirar deste estado de tristeza profunda.
Choro muito, como se as lágrimas pudessem esmaecer a solidão que esmaga as minhas entranhas.
Calo meu pranto e penso no mundo lá fora. Onde estão os amigos? Eram tantos... amigos de farras, de bares, de churrascadas, de profissão, de ideais políticos e filosóficos e muito outros... Todos eles foram se perdendo.
Tristemente percebo que não tendo no momento nada de bom a oferecer, as companhias se vão. Dramas não são interessantes, risadas amargas pela aridez do momento, também não. Amigos não são para horas de ranger de dentes, são para os momentos de alegria, de "auê".
Quando você não tem tempo para se divertir, ou dinheiro para tal, você deixa de ser interessante, passa a ser "mala". E ninguém quer mais saber de você. Problemas, cada um tem que enfrentar os seus.
Por sort, no meio de "tantos amigos", quatro ou cinco permanecem. Telefonam, se preocupam, têm sempre gestos de atenção e delicadeza.
Mas os relacionamentos humanos são assim. E Nesse constante ama e desama, acho que alguns corações acabam se transformando em granito.
E é nessa paranóia acerca da minha solitude, que entra o médico no quarto e diz "a cirurgia foi um sucesso. A vida continua". E eu respondo: Graças a Deus! Com amigos ou sem amigos a vida vai seguindo.


Val Bomfim
Em 20.10.07 (Hospital Samaritano)

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui