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Artigos-->O Lado Chinês dos EUA -- 07/03/2003 - 11:17 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Lado Chinês dos EUA

(por Domingos Oliveira Medeiros)



“Mas concordo que minha visão de LIBERDADE e de DEMOCRACIA, asseguradas pelo regime CAPITALISTA, não coincide com a sua! Você vê as coisas pela ótica comunista ou socialista. Nela democracia é o ato de pensar livremente, desde que sempre concorde com o poder central. Liberdade é o ato fazer tudo o que desejar até o limite estabelecido pelo monstro de plantão. Na visão do socialismo.” (Dom Kless).



A frase acima, de autoria do amigo Dom Kless, foi expressa em seu artigo “China Comunista – Resposta ao Domingos”, referindo-se, naturalmente, aos desmandos praticados por aquela nação, acerca dos quais temos, de igual modo, nossas reservas, posto que a China, a bem da verdade, não é nenhum primor quando se trata de observância aos princípios básicos dos direitos humanos, na forma do constante da Carta aprovada pelos países membros da ONU.



Mas a frase foi colocada neste artigo por outro motivo. É que ela se aplica, na íntegra, aos EUA; mais precisamente ao comportamento de seu governo atual, liderado pelo exterminador do futuro, que atende pelo nome de George W. Bush.



E esta afirmação procede. Bastam os fatos para comprová-la; e contra os fatos inexistem argumentos.



A imprensa toda está cansada de publicar os “erros” praticados contra a ética, a moral e aos bons costumes, pela potência que encarna o maior e mais fiel representante do regime democrático, os Estados Unidos da América. Regime das liberdades, do respeito à soberania dos povos, da justiça social, das leis, da ordem e da paz mundial.



Quem não se lembra dos “arranjos” contábeis de grandes empresas americanas, que alteraram seus balanços com o objetivo de aumentar seus ganhos, de forma ilícita, com ações das empresas na bolsa de valores? Quem não se lembra da censura imposta aos meios de comunicação, pelo governo Bush, sob o argumento de que poderia prejudicar a estratégia de guerra contra o Afeganistão? Quem não se lembra do abandono das questões ambientais (Kioto) por parte dos EUA?



E agora, mais recentemente, com a malfadada guerra contra o Iraque, a censura volta à tona. Artistas famosos, e estrelas de Hollywood sofrem ameaças e censura simplesmente por manifestarem discordância em relação à guerra do Iraque. Por considerá-la inconseqüente, despropositada, forçada, perigosa para o mundo inteiro e muito cara para os cofres do tesouro americano.



Artistas conhecidos, como Martin Sheen, Sheryl Crow e Sean Penn, estão sentindo na carne o peso da perseguição política, por manifestarem suas posições em entrevistas e comerciais de televisão.



O presidente do sindicato norte-americano de atores de cinema e da televisão, (SAG – Screen Actors Guild) disse ter recebido mensagens de ódio pela sua posição contrária à guerra. “Deploramos a idéia de que pessoas conhecidas publicamente devam sofrer profissionalmente por ter a coragem de expressar suas posições”.



O ator Martin Sheen, que faz o papel do presidente dos EUA, no seriado The West Wing, vem sendo alvo de críticas acirradas desde que se tornou o principal porta-voz contrário à invasão do Iraque. Ele teria dito que sua demissão do seriado já estaria sendo providenciada, sob a alegação de que sua imagem poderia prejudicar a audiência do programa.



A propósito, vale lembrar a vergonha do Macarthismo, ocorrido nos EUA, o famoso Comitê de Atividades Antiamericanas do Congresso, dos anos 1950, presidido pelo senador Joseph McCarthy.



“Naquela época, mais de 320 pessoas, incluindo o dramaturgo Arthur Miller, os cineastas Orson Welles e Charles Chaplin, o escritor Dashiell Hammet e o músico Paul Robeson, tiveram seus nomes incluídos numa lista negra de pessoas impedidas de trabalhar na indústria do entretenimento, em função de pontos de vista considerados de esquerda ou pouco patrióticos.



O presidente da SAG qualificou esse período como vergonhoso e disse que irá lutar em defesa do princípio constitucional da liberdade de expressão, em lugar de “prostar-se diante de campanhas de vilificação e de caça às bruxas”, como aconteceu há 50 anos atrás.



Ellen Schrecker, professora de história e especialista em macarthismo, disse “que o discurso contrário às celebridades que fazem campanha contra a guerra pode ser presságio de uma volta à era das listas negras e caça às bruxas”.



Para mim, confesso, não se trata de nenhuma surpresa. Basta ler os jornais. 06 de março de 2003 – Domingos Oliveira Medeiros.











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