Estávamos só nós dois
em nosso aconchegante ninho,
com nossas melhores roupas,
aguardando o nascer,
do novo ano que vamos viver...
Da janela de nosso quarto,
víamos toda a praia,
com os barquinhos reluzentes,
para homenagear
à Yemanjá presente...
Enquanto fogos precoces
já espoucavam,
nós ouvíamos uma
suave música,
que à nossos corpos esquentava,
deixando-nos cada vez
mais excitados,
a luz do quarto
suavemente avermelhada...
Nos abraçamos ardentemente,
pois o desejo em nós,
já estava se fazendo crescente...
Essa ânsia louca,
que sentimos um pelo outro,
não nos deixa nunca esperar,
seja o que for
o que se esteja à festejar...
O champagne resolvemos abrir
pois senão,
nós é que iríamos explodir...
Ao tilintar de nossas taças,
ainda não eram meia noite,
mas o tesão insano fustigava-nos
mais que um tremendo açoite...
O calor estava intenso,
resolvemos a roupa
um do outro ir tirando,
bem devagarinho,
para curtirmos
cada um de nossos pedacinhos...
Ao ficarmos completamente nus,
eu de prazer já toda molhada,
e você com a espada em riste,
pronto para rasgar a madrugada...
Começamos à brincar,
para mais um ao outro instigar,
eu me esfregava
em qualquer lugar,
onde pudesse meu
desejo desafogar...
Começamos um banho de champagne,
um no outro dar,
e num 69 indecente,
um ao outro com a boca sugar...
Era um êxtase total,
mas, prorrogávamos o final,
pois no negro do céu,
queríamos ver,
o ano de 2006 nascer...
Eu o lambia e você a mim,
nossos sexos latejando,
um no outro a
língua penetrando,
o tesão estava aumentando,
dei uma paradinha
e pus-me a dançar,
sobre você,
para aumentar o seu prazer...
Você como louco já gritava,
vendo meus quadris a se contorcer,
dizia que só queria
ser dono de meu ser...
Nisto, meia noite bateu,
os fogos, o negro céu, riscando,
enormes bolas coloridas,
renovando por fim as esperancas,
pois jamais deixamos de ser crianças...
Agora sim, como loucos,
todos gritando na rua,
e nós também sobre a cama,
pois uma bobeada dando,
senti algo em mim
pelas costas me rasgando,
com o uivo de prazer que dei,
só deu tempo de alto falar,
não para, meu querido Rei...
Nossa loucura era tanta,
que nada quebrava o encanto...
Rolando sobre você,
agora eu comandava,
pois guerreira do Amor sou,
pego na espada em riste,
abaixá-la? somente quando matar
meu ensandecido apetite...
Isso durou noite afora,
até ao amanhecer
de uma radiosa aurora...
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