O livro "Fernão Capelo Gaivota" de Richard Bach, narra a história de uma gaivota que abandona seu bando e sai pelo mundo porque ansiava conhecer a liberdade, cuja existência era desconhecida em seu íntimo. Mas, após passar por várias situações, ela volta para eles, ao perceber que ser livre é quando se pode ser a própria pessoa e todos precisam viver sobre certas regras (leis da sociedade), e liberdade em excesso se transforma em libertinagem.
Em minha adolescência, assisti a um filme, cujo personagem principal era um cavalo árabe negro que era muito maltratado, porém, um dia, ele conseguiu se soltar e escapar, e aquela imagem daquele animal correndo feliz com suas crinas balançando ao vento e seu pelo brilhando debaixo do sol, eu nunca mais esqueci... eu queria fazer o mesmo que ele. Simbolizava para mim um estado de felicidade onde era isento de restrição extrema ou coação física ou moral... poder exercer livremente sua vontade de viver a vida, tirando de si tudo que lhe prende os movimentos e lhe impede de tornar seus sonhos em realidade.
Contudo, talvez o cavalo no fim, tenha voltado para casa como fez a gaivota, ao descobrir que liberdade é outra coisa, e que fugir dos problemas não resolve nada. Entretanto, valeu a pena a experiência de ir em busca da liberdade, porque encontrou o seu verdadeiro significado e póde ver a vida de outra maneira.
© Rosimeire Leal da Motta.
OBS.: Esta Crónica faz parte do livro:
"Voz da Alma" - Autora: Rosimeire Leal da Motta
Editora CBJE - RJ - Novembro/ 2005 - Poesia e Prosa.
Página Pessoal: http://www.rosimeiremotta.com.br/
|