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Artigos-->O Outro Lado da Muralha - Parte I -- 05/03/2003 - 16:36 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
China. O Outro Lado da Muralha ( I )

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Não podemos colocar as coisas sobre o raciocínio simplório da generalização tendenciosa. Precisamos olhar as coisas de todos os ângulos. E com o pensamento elevado. Sem preconceitos ou interesses mesquinhos. Sou católico e acredito nos homens. Mas não posso deixar de registrar a parcialidade de alguns comentários que aqui aparecem na Usina, que mais parecem obsessão e paixão de torcedores de times de futebol ou de “fanzocas” de artistas de televisão. O que está em jogo, nestes tempos de intimidação, de opressão e de promessas de guerras não são os interesses deste ou daquele país. Mas a paz mundial, que interessa aos homens de bem deste planeta, independente de sua ração, credo, religião ou regime de governo.



Por isso, é preciso muito cuidado ao tecer comentários sobre questões que interessam à toda a humanidade. É prudente, pois, conhecer os dois lados da moeda. A tendência dos “capitalistas”, sem capital, é defender, com unhas e dente, o que eles chama de “liberdade” e de ”democracia”. Como se essas palavras fossem sinônimos de capitalismo. Como se no capitalismo não existissem mazelas. E como se em outros regimes, nada de bom pudesse ser aproveitado. O mito divulgado. O mito imposto. O mito que separa, desune e provoca o preconceito e promove a guerra.



A China é bom exemplo. Porque a China tem bons exemplos. Apesar dos maus exemplos que todos temos. Se não vejamos.



Convivem na China tradições milenares de ordem política, econômica e social de um regime comunista, instaurado com a revolução de 1949. O vocábulo China deriva da dinastia Qin (Tsin), ,fundadora do primeiro império chinês. Segundo a Nova Enciclopédia BARSA, A República Popular da China é o terceiro país do mundo em extensão, com cerca de 9.572.900 quilômetros quadrados de área. Menor apenas do que o território do Rússia e do Canadá. É, ainda, o território mais populoso do mundo. A história de sua civilização remonta a quatro mil anos, aproximadamente.



Sua topografia caracteriza-se pela imponência de suas cadeias montanhosas. As montanhas ocupam um terço do território chinês. Em função do clima e do tipo de solo, a China está divida em quatro regiões distintas: Região oriental, no leste do país, onde predominam as planícies de menores altitudes, inferiores a 200 metros. É a parte da China que é banhada por grandes rios caudalosos e que, por isso, oferece maiores condições de sobrevivência. “pois os solos férteis e o clima úmido favorecem a agricultura e permitem altos índices de concentração humana.” A planície do nordeste estende-se pela região histórica da Manchúria. É uma área muito fértil, circundada por montanhas antigas.” (...)

“No sul, encontra-se a grande planície, larga faixa de terra que se prolonga de Pequim a Xangai.”



Região Noroeste, de predominância dos planaltos. “O planalto de Xinjiang (sinkiang) divide-se em dois grandes conjuntos por uma cordilheira no sentido leste-oeste: os Tianshan ou montes Celestes, cuja altitude máxima ocorre no P)ico Pobedy (7.439m).”



A Região sudoeste, onde ficam os planaltos tibetanos, constituídos por um complexo relevo bastante acidentado e, finalmente, o litoral chinês. “De norte a sul, até a baia de Hangzhou, o litoral é baixo e arenoso, formado pelo transporte de matéria aluvial do rio Amarelo e do Yangzi ou Yangtze. Ao sul de Xangai, a costa torna-se muito rochosa, escarpada e recortada, e as reentrâncias montanhosas chegam até o próprio mar.”



A China possui imensa variedade de climas, seja pela vastidão de seu território, seja elevada altitude de algumas de suas regiões. Frio e seco, no inverno; e quente e úmido, no verão.



A flora e fauna chinesa variam segundo os tipos de solo e de clima. “No nordeste, as planícies apresentam estepe densa, enquanto as montanhas acham-se cobertas de bosques mistos de coníferas, carvalhos, bordos e bétulas. Ao sul, na grande planície, o bosque natural foi substituído ao longo de milênios por culturas agrícolas.”



“Na China central abundam espécies de grande valor econômico, como o bambu, o tungue e outras árvores de que se extraem óleos. Na zona tropical do sul são comuns as árvores de madeira rija, semelhantes às que ocorrem no Sudeste Asiático. (...) Nas zonas mais elevadas prevalece a flora do tipo alpino.” (...)



“A China é um país multinacional, tanto do ponto de vista étnico como do lingüístico. A população em sua maioria pertence ao grupo han (chinês), que apresenta, porém, características raciais variadas. “Os chineses do norte são mais altos e têm o rosto mais comprido que os do sul; estes, por sua vez, têm a pele mais morena que os do norte.

O resto da população compõe-se de 55 grupos minoritários, com tradições culturais, religiões e línguas próprias.”



“ Os idiomas falados na China provêm de quatro troncos: o sino-tibetano, o altaico, o indo-europeu e o austro-asiático. O idioma oficial, falado pela maioria da população, é o chinês, da família sino-tibetana, que apresenta diferentes dialetos regionais, embora todos utilizem a mesma escrita. Embora sua escrita (caracteres ideográficos) seja universal, a pronúncia varia segundo a região e existem oito dialetos ininteligíveis entre si, a maioria deles usada na faixa costeira do sul. A partir da década de 1950 o governo favoreceu o dialeto do norte, o mandarim ou pequinês, adotado nas escolas. Em 1979, a pedido do governo da República Popular da China, a imprensa de todo o mundo começou a empregar um novo sistema (o pinyin) para grafar os sons do chinês mandarim. Entre outras modificações, o pinyin, que utiliza o alfabeto romano, faz uso freqüente do x e do g, ao contrário do tradicional sistema Wade-Giles, e abole o hífen entre dois nomes personativos.”



“ O segundo tronco lingüístico, o altaico, divide-se, na China, em dois ramos: o turco, representado pela minoria uigur, e o mongol. Os outros dois troncos lingüísticos são minoritários. O tronco indo-europeu prevalece no noroeste com os tadjiques, enquanto o austro-asiático é representado pela minoria kawa, que habita o sul do país, na fronteira com Myanmar.”









“A China é um país de economia planificada, isto é, controlada pelo estado segundo os princípios socialistas. Com a morte do presidente Mao Zedong (Mao Tsé-tung), a economia passou por um processo de modernização e liberalização, visando mais eficiência e melhor aproveitamento dos recursos.” (...)



“O novo regime instaurado em 1949 procurou transformar a sociedade e a economia com a socialização dos bens básicos: a terra, a indústria e as fontes de energia. Eliminada a propriedade privada dos meios de produção, o objetivo seguinte foi o desenvolvimento produtivo e a industrialização, contando apenas com os recursos internos. Isso se realizou com a planificação da economia a médio prazo e com os planos qüinqüenais.” (...)





“Contudo, a partir de 1978, pouco depois da morte de Mao Zedong, a política econômica tomou novo rumo, cujo objetivo prioritário era modernizar o país. Deixou-se de lado o mito da auto-suficiência econômica e intensificaram-se as trocas comerciais com o Japão, a Europa e os Estados Unidos. Além disso, houve mudanças no sistema de gestão industrial e o sistema de comunas camponesas foi complementado com a criação de pequenos lotes privados.”



São enormes os recursos do subsolo chinês. A China possui uma das maiores reservas de carvão do planeta. As jazidas mais ricas encontram-se no norte, na bacia de Shanxi e no oeste de Shandong. “No sul da China, há pequenas explorações que alimentam a indústria da região. (...) “A produção atende às reduzidas necessidades internas e o resto é exportado. A eletricidade provém de grande número de centrais térmicas, hidrelétricas e nucleares. O subsolo chinês contém grandes reservas de ferro e manganês. Possui também abundantes jazidas de molibdênio, tungstênio, bauxita, cobre e estanho.”





A partir de 1842, o antigo artesanato chinês (tecidos, cerâmica, cristal) começou a ser complementado por uma indústria moderna que esteve em mãos de estrangeiros (ingleses, russos e japoneses) até a revolução de 1949.



Desde o começo, o regime revolucionário se propôs converter a China num país industrial. Nos primeiros dez anos, o apoio técnico e financeiro da União Soviética permitiu um vertiginoso desenvolvimento industrial, interrompido em princípios da década de 1960, com o fracasso do chamado "grande salto para a frente" e o fim da ajuda soviética. Mesmo assim, em 1970 a produção industrial havia triplicado em relação à de 1949: a China tornara-se o país mais industrializado do Terceiro Mundo.



Depois da morte de Mao, e sobretudo a partir de 1978, observou-se uma clara evolução da política industrial, que se materializou na multiplicação das importações de bens de equipamento e de tecnologia e no estímulo à produtividade (diversificação de salários e atribuição de gratificações por desempenho).



“Na indústria mecânica tem destaque a fabricação de caminhões (fundamentais para o transporte, dada a insuficiência da rede ferroviária) e de tratores. As principais fábricas estão em Tianjin, Baotou, Xangai e Cantão. São também importantes as indústrias de construção naval instaladas em Lüda (Dairen) e Xangai; de material ferroviário, em Changzhou e Lüda; de material elétrico, em Harbin; e de equipamentos agrícolas, em Lüda, Pequim, Tianjin, Nanquim e Fushun.”



“A indústria química cresceu espetacularmente já na década de 1960, com a produção de fertilizantes e com a petroquímica. Pequim e Xangai são os núcleos onde se localizam os maiores complexos químicos. A indústria têxtil apresenta enorme volume de produção, atendendo a mais de um bilhão de pessoas. Seu grau de evolução tecnológica varia desde a manufatura artesanal até a tecnologia de ponta. Destaca-se a fabricação de artigos de lã, seda e algodão e, em menor grau, a de fibras sintéticas. Muito dispersos, os principais centros têxteis ficam nos núcleos mais povoados: Xangai e Pequim.”







Republicado, de vez que a publicação original sumiu.Domingos Oliveira Medeiros

04 de março de 2003-03-04 Fonte: BARSA – Enciclopédia-2002





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