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cronicas-->Salvemos a Tamarineira- luiz maia -- 07/10/2007 - 00:09 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Salvemos a Tamarineira
Luiz Maia *

A cidade do Recife é muito carente de parques públicos dotados de vegetação densa. Em Curitiba, ao contrário, há 18 parques bem cuidados à disposição da sociedade. Anda-se por quilómetros de ruas e avenidas do Recife e pouco verde se enxerga.
Parece não haver ninguém preocupado em dar prioridade ao meio ambiente. Não se cuida de melhorar o aspecto de devastação e abandono que faz do Recife uma cidade sem nenhum atrativo para seus habitantes. Agora, para agravar a situação, surge o absurdo da tentativa da Santa Casa Misericórdia de se desfazer do Hospital da Tamarineira em benefício de um grupo privado. Quanta insensatez!
Tenho acompanhado com bastante interesse o debate em torno dessa grande área verde de nove hectares, onde funciona o Hospital Ulysses Pernambucano, a Tamarineira. A questão por enquanto está marcada por fortes emoções, envolvendo, de um lado, a Santa Casa de Misericórdia e os interessados em adquirir aquele sítio histórico, do outro estão "os amigos da Tamarineira" e considerável parcela da sociedade pernambucana. Superadas as emoções do debate, as autoridades devem pensar em tornar aquela área útil à população, com estrutura adequada ao lazer e à cultura, a exemplo do Sítio da Trindade, Parque da Jaqueira.
A Santa Casa de Misericórdia não deveria nem cogitar em transformar esta área verde em um grandioso projeto imobiliário. A população recifense está alerta para que tamanho crime não venha a acontecer. Trata-se de um fato preocupante por configurar-se em mais um golpe contra o anseio da população em preservar aquela imensa reserva de verde. Os moradores dos Aflitos, Graças, Rosarinho, Tamarineira, Casa Amarela, Casa Forte, Parnamirim e bairros circunvizinhos estão unidos para garantir a preservação daquele espaço bucólico, que serve para amenizar a poluição que afeta a qualidade de vida dos moradores da cidade.
Como já disse ítalo Calvino, "a memória é redundante: repete os símbolos para que a cidade comece a existir". A memória exalta uma existência, atravessa o tempo, envolve lembranças de gerações. Sem ela o homem estaria perdido no vazio de seu destino. Faço apologia aos ensinamentos do saudoso professor e ecólogo Vasconcelos Sobrinho, na sua eterna luta por mais áreas verdes e pela preservação do meio ambiente. Há muitos anos que eu tento fazer com que as pessoas entendam que uma árvore é mais importante para a vida do planeta do que o próprio homem. Elas viveriam muito bem sem a nossa presença, já o homem morreria se não fossem elas a nos propiciar o oxigênio que respiramos. Sou uma pessoa preocupada com as poucas áreas verdes do Recife, sempre inserido nos movimentos que visam agregar mais verde aos espaços públicos e mais respeito à memória do Recife. Fica o apelo ao governador Eduardo Campos e ao prefeito João Paulo para interferirem positivamente nesse processo, adequando aquela área às reais necessidades do recifense.

* Luiz Maia é escritor e autor dos livros Veredas de uma vida, Sem limites para amar e Cànticos.

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