Em catadupa, sobre a paupérrima e imbecil televisão portuguesa, de fio a pavio, com o prof. Hermano Saraiva, atafulhadíssimo entre fenómenos tecnológicos, a estrebuchar entre os ínvios vícios da história real que decorre, o primeiro aniversário do Tsumani Asiático desfia em cheio pelo esdruxúlo bico dos papagaios a quem a língua constitui um impecilho do caraças. Sequer correcta e objectivamente sabem mandar os parolos à quinta pata de um asno. Tá bom, mandam-nos ao mel imaginário, catam-lhes quantos cêntimos têm através do telemóvel e deixam-nos a chucar nos dedos como se fossem bebés consoladinhos a bater palmas com os pés. Do mal o menos, já que chuchar no dedo não é mau de todo: higieniza a unha e dá um eficiente treino prévio para a mais velha profissão do mundo que, enfim, passará a ser a mais bem paga no futuro.
Parece que estou a ver os ricaços todos a transferirem o seu sonho permanente para a montanha, reservando na garagem um recanto cativo para uma canoa com asa delta. Só que, segundo uma luminosa ideia que dará lugar ao próximo êxito de ficção cinematográfica, da próxima feita, o presidente dos EUM permitirá que a experiência nuclear culminante se efectue num orifício colocado na atenosfera. O efeito, mesmo que produza a completa desintegração do vil calhau, reduzirá tão-só o prejuízo ao início de uma nova era, já que os bocadinhos todos, como é evidente - ó inteligência ! - tenderão a aglomerar-se de novo. Por consequência, o próximo balanço, voltará enfim ao ponto ideal: mundo zero!...
Eu, para descanso ameno de meu subconsciente, já durmo sobre um colchão pneumáctico que, além de não permitir a reprodução de ácaros, tem a falculdade, em caso de inopinada surpresa em cima do segundo, de transformar-se em submarino ou balão. Praza que um destes dias, vítima de um volteio sonâmbulo, eu não acorde esplendorosamente entre as nuvens...
Desculpem-me, prezados Leitores, parece que de momento estou de todo afectado pela tsumania. E logo hoje, que tanto gostava de ver o Kleber ajoelhar em cena e orar comovidamente aos benefícios da bunda com abundância: - "Ó meu amorzinho, não seja infielzinha a seu maridão, não?!...".
De resto, tal como a propaganda mediática asperge, um tsumani faz um progresso empolgante, espécie de erecção humanitária que provoca imediata solidariedade e irmana toda a gente em redobrado empenho pela dignificação do que melhor há no mais abominável dos predadores. Por exemplo, na Tailândia, vão começar a introduzir charutos de Havana no "queijo-a-duas-metades" em lugar do vulgar cigarrinho e apesar dos malefícios do tabaco.
- Ó minha mãeeeeeeeeeeeeee !....
António Torre da Guia |