QUANDO AQUELE RIO MORREU
Renato Ferraz
Quando aquele rio secou,
eu chorei com muita dor.
Quando suas águas baixaram,
minhas lágrimas não bastaram.
Tristeza em sua face eu vi,
quando de suas águas despedi.
Saudoso tive que parar de navegar;
tentei, mas nada pude fazer para evitar.
A vida de quem ali ao redor se criou,
que do rio o alimento sempre tirou,
sofre aquela ausência e lamenta.
Sobrevive da saudade que só aumenta.
Hoje sentimos a seca em nosso peito
de um rio sem vida, sem ter mais jeito.
A terra seca arde e reclama da sua dor,
sofreram seu revés a vida e o amor.
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