VISITA AO HARÉM DO CARLOS CUNHA
Como considerar esta imagem?...
Maliciosa, indecorosa, cavernosa ou gostosa?...
Assim, na situação em que estou, gosto, adoro,
Sem qualquer espécie de reserva ou hesitação.
Até, hipoteticamente entre as duas,
Nunca diria não...
Seria loucura recusar tão emotiva benção...
Ão... Ão... Ão... Ão... Ão...
Ao mesmo tempo ficava sério e brincalhão...
Se por volta dos meus sete-oito anos
Visse esta cena, o que me ocorreria?...
Nada... Nada, fugiria envergonhado,
Ora para não ser olhos nos olhos confrontado,
Ora para não ser apanhado a ver tal fotografia...
Se tivesse doze anos?!... Ó caraças que bom,
Ficava logo com comichão
E correria a masturbar-me,
Claro, de pé ou deitado no chão...
Todos os "ses" que vierem a seguir
Não têm razão alguma de existir,
São defeito, são despeito, coisa nenhuma,
Autêntica mentira para iludir a verdade
Porque na realidade, isto, isto é bom...
As garotas são de elevado bom tom
E aquela ameijoa é mesmo uma perfeição,
Uma iguaria, uma erótica atracção,
A ameijoa e a ervilhinha... Oh... Que gracinha...
Mesmo sem querer fazem tesão.
Tlim... Tlão... Tlim... Tlão...
António Torre da Guia |