CONFISSÃO
Renato Ferraz
Sobre ela, quero fazer uma confissão:
eu era adolescente quando a conheci
Senti-me atraído quando a vi.
Foi um dos meus primeiros amores platônicos.
O tempo passou e seguimos caminhos diferentes.
Vimo-nos casualmente, algumas vezes por aí.
Sempre estivemos distantes, mas nunca a esqueci.
Aquela chama inicial manteve-se acesa.
É como se um fogo me queimasse por dentro,
Instigando-me a procurá-la.
Tive outras paixões e amei de verdade,
mas ela permaneceu entre minhas prioridades.
Minha intuição vez ou outra apontava para ela.
Precisou que se passassem tantos anos,
depois de muitas mudanças em minha vida,
para que a reencontrasse e resgatasse
o essencial do que havia ficado pra trás.
Durante esse tempo guardei inúmeros rascunhos,
bilhetes e cartas que escrevi.
Mas enfim, aconteceu nosso reencontro.
Aproximamo-nos e estou amando outra vez,
tenho aprendido com a nossa convivência.
Não nos faltam assunto e afinidade.
Enfim, minha confissão: eu me apaixonei pela poesia!
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