PENUMBRA
Renato Ferraz
Ao amanhecer,
durante a transição entre a ausência
e o retorno da luz solar,
um silêncio tranquilizador paira no ar...
Há uma sensação de alento à alma!
Nós, nesse instante sonhamos
e inconscientemente nos preparamos
para o início do ciclo circadiano.
Aqui perto do mar, nessa hora,
há também uma brisa
que é despertada pela claridade do dia.
Esta que outrora repousava
sobre o colchão da superfície do mar,
acorda e boceja meio preguiçosa.
De onda em onda, ela chega até à praia
e dá as boas-vindas.
À medida que a aurora começa a ganhar corpo,
os sons do cotidiano vão ocupando o seu espaço
e o silêncio dominante se recolhe.
Quando os primeiros raios de sol se impõem,
em meio aos ruídos e demais movimentos;
convencionamos o que chamamos dia.
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