Guerra ou Paz – Só Depende do Homem
Paulo Nunes Batista*
Mestre Huberto Rodhden diz, num dos seus muitos livros de sabedoria, que, desde o aparecimento do ser humano na Terra, nunca houve paz... O que sempre tem havido são armistícios, mais ou menos longos, entre uma guerra e outra – uma espécie de cessar fogo provisório, enquanto os homens se preparam e rearmam para novos combates.
Exatamente isso é que vem acontecendo, até hoje, no mundo: seja entre os membros de tribos, ainda em estágio atrasado de cultura, seja entre povos e nações que se consideram civilizados, o estado beligerante é o normal, sendo os fugazes períodos de paz uma anormalidade... E esse “status quo” não se modificará, jamais, enquanto a humanidade for dirigida pelo ego-satânico-luciférico (o espírito humano ainda não iluminado pelo AMOR), esse ego egoísta e violento, exclusivista e belicoso, cúpido e ambicioso, orgulhoso e vaidoso que está sempre pronto para “resolver! Seus problemas na base da força bruta, embora se classifique como “ homo sapiens” e “homo inteligens”. É que o Lúcifer (a inteligência humana é geralmente o oposto (opositor, adversário, inimigo) do Logos (o EU, que é a presença de Deus no ser humano), e, por isso mesmo, Lúcifer é empregado como sinônimo de Diabo e Satan, que em grego e hebraico significa exatamente Adversário, Opositor, Inimigo...
Ou o homem (e a mulher...) deixa de ser egoísta – e entra na faixa do AMOR, da Paz, da Harmonia, da Verdade e da Justiça, - ou vai ser ainda por muito tempo (séculos ou milênios, talvez) neste planeta- e nos outros para onde for... um egoísta amante da guerra, da disputa, de todos os tipos de conflitos, armados ou não. Amanhã à meia noite a humanidade tem de decidir, mais uma vez, se desencadeia uma nova guerra – desta vez lá no oriente, justamente onde Jesus o Cristo andou há quase dois mil anos ensinando o AMOR... – ou aceita discutir as questões daquela região, entre os quais há os casos do Iraque contra o Kuwait, dos palestinos contra Israel e vice-versa, além de outros que poderia ser solucionados pacificamente, se o EU crístico governasse os dirigentes dos países, em vez de serem os mesmos guiados pelo ego, esse causador de todas as dores, de todas as misérias humanas, de todas as infelicidades que afligem este infeliz planeta azul...
Parece que as grandes Lições dos Mestres – de Krishna e Buda, de Jesus e Lao-Tsé, de São Francisco de Assis e Gandhi, entre outros, - não foram aprendidas, e não serão tão cedo... Os luminosos Ensinamentos desses Guias continuam ignorados pelos bilhões de homens e mulheres do mundo, mergulhados estes na zona do desamor, de inveja, do ciúme, da avidez, do desejo de posse e lucro, custe o que e quanto custar. Haja vista o que se passa na Índia, pátria de Mahatma Gandhi, um dos mais sábios e iluminados espíritos já conhecidos na Terra. Ali, a despeito de todos os exemplos de “amor e verdade” e “não violência” dados por Gandhi, sangrentas lutas prosseguem entre hindus e indianos de outras correntes religiosas, que se trucidam mutuamente, matando inclusive velhos e crianças, por puro instinto de maldade, ódio e vingança, numa demonstração patente de que n Ada aprenderam com a maravilhosa vida do maior de todos os líderes que já passaram pelo nosso mundinho...
Escrevo a apenas trinta e quatro horas do prazo estabelecido pelos Estados Unidos da América do Norte e outras nações para que o Iraque desocupe o Kuwait, sob pena de ser invadido por forças militares daqueles países. Sadan Hussein já ameaçou de atacar Israel, como represália, se o seu país for invadido, podendo empregar gases venenosos, substâncias químicas altamente mortíferas, enquanto Israel poderá usar a bomba atômica contra os fanáticos iraquianos...Enfim, estamos – todos – às portas de uma guerra de proporções imprevisíveis, maior talvez que as da Coréia e do Vietnam juntas. Milhares serão ceifados, à vista, médio e longo prazo, se os governantes dos principais povos não chegarem a um acordo.
Então, teremos novo armistício, até que os demônios do egoísmo lancem de novo nações contra nações, por motivos políticos, religiosos, etc, nessa sede de sangue e destruição que é característica do ser humano “inteligente”, mas não governado pela Luz do AMOR.
IN: Jornal “O Anápolis” (GO), de 20 a 26 de janeiro de 1991.
(*) O autor já tem dados rápidos, biobibliográficos em outros trabalhos publicados.
|
