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Cordel-->O canto da cigarra -- 25/04/2002 - 02:09 (Fernando Tanajura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O CANTO DA CIGARRA





Ao Amigo Almir Alves da Silva Filho





Sou cigarra quando canto

No bar, no lar, no banheiro

Se meus males não espanto

Vou correndo pro terreiro



Cantei por todo o verão

Sem me importar com o inverno

Agora não tenho pão

E tudo virou um inferno



Quero do mundo sumir

Me mandar lá para o Sul

Pois um tal de Seu Almir

Quer me enviar pra Cabul



Só porque comprei um lote

De um coração de aluguel

Agora vem com o trote

Por causa do tal papel



Pois saibam que lote é meu

Tenho prova, tenho testado

Quem quiser que compre o seu,

Não me deixem arretado



Mas vou falar a verdade:

De pobre não tenho nada

Em nome da Liberdade

Fiquei de boca calada



Por isso peguei estrada

Pras terras do Tio Sam

Fiz uma grana danada

Que pesa mais que uma anã



Vou voltar um dia desses

Para o saudoso Brasil

Cheio e erres e esses

Brilhando mais que Bom-Bril



Com tamanha experiência

Não vou escutar um "não",

Vão me chamar de Excelência

E quero o meu coração



O coração que aluguei

E querem tomar de mim

Com tanto que já lidei

Levo a luta até o fim



Sou de briga e cara dura

Falo e juro, podem crer

Sou o tal do Tanajura

Sem medo de dedetê



Pois saiba Senhor Almir

Vou lhe falar sem deslise

Faça o favor de sumir

Do bom sítio da Lenise



Não divido meu espaço

No inverno nem no verão

Mas se chorar dou um pedaço

Do lote de um coração





© Fernando Tanajura

(n. 1943 - )

http://tanajura.cjb.net



 


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