RESGATE DE UMA PAIXÃO
Renato Ferraz
Sobre ela, quero fazer uma confissão: eu era adolescente, quando a conheci.
Senti-me atraído, quando a vi. Foi como um amor platônico.
Como a vida me ofereceu várias opções, fui morar longe e nos distanciamos,
aquela chama manteve-se acesa. Minha lembrança nunca a esqueceu.
Quando eu a lembrava me dava a sensação de que um fogo me queimava por dentro.
Tive outras paixões e amei de verdade.
Minha intuição recomendava outra atitude, mas eu relutei e preferi esperar.
Apesar que, na vida, certas coisas precisam mesmo demorarem a acontecer.
Só depois é que conseguimos entender.
Passaram-se mais de 30 anos, depois de tantas mudanças em minha vida,
para a reencontrar. Eu havia guardado vários rascunhos, bilhetes e cartas que escrevi.
Nosso reencontro aconteceu faz pouco tempo. Hoje reconheço o quanto temos em comum.
Os dias não têm me faltado assunto.
Enfim, minha confissão: ELA É A POESIA!
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