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Poesias-->REFLETINDO COM MANUEL BANDEIRA, C. DRUMMOND E FERNANDO PES -- 13/01/2023 - 07:45 (Renato Souza Ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Refletindo com Bandeira, Drummond e Pessoa

Renato Ferraz

Últimas horas do ano de 2022, o dia transcorre dentro da normalidade, com o céu claro, conforme as égides de verão.

O calendário lunar será fechado, como se convencionou que ao findar um ano, iniciará outro.

Ponho-me a pensar e faço uma rápida reflexão: Veio-me à memória o poeta Manuel Bandeira diante das incertezas

e angústias da vida, pensa em refugiar-se, indo embora para Passárgada.

Quantas vezes alguém se sente inconformado, acha a vida um tédio e pesada demais para carregá-la.

Dessa forma pensa em fugir para algum lugar para escapar da realidade...

Fugir para Passárgada tendo ali o rei como amigo, lhe dá a ilusão que ao gozar dessa amizade poderosa, viveria em um mundo melhor.

Portanto, a sua vida mudaria, ao desaparecerem todos os problemas.  

Mas o fato de pensar que a aventura pode se sobrepor ao sofrimento, em definitivo, não seria gerar uma falsa expectativa?

A felicidade é momentânea e cíclica. Do mesmo jeito são também a tristeza, as dificuldades e a dor.

Talvez por isso, depois pensou melhor e lembrou que a infância é uma das melhores fases da vida,

porque a angústia e o estresse não têm a mesma importância da vida adulta.

A aventura, nessa fase, é sincera e não se sofre com as incertezas do amanhã.

Portanto não gera ansiedade nem expectativas. Vive-se plenamente o presente.

Convém-me lembrar também de Carlos Drummond,

Já que nessa mesma época o poeta fazia questão insistentemente

em mostrar que no meio de qualquer caminho há pedras como obstáculos.

Ultrapassar e superar as dificuldades, ao invés de refugiar-se, é a solução para os problemas.

A dor só muda de cor e de endereço, mas ninguém está imune a mesma.

E assim Drummond reforça a sua reflexão com inúmeras perguntas a José!

E agora, josé, a vale a pena mesmo viver? O que às vezes parece ser é que a vida é injusta mesmo, em determinados momentos.

Mas afinal nascemos para enfrentar ou não o desafio de viver?

Sabe-se que a solidão, o abandono, o individualismo fazem parte da vida moderna, principalmente nas grandes cidades.

Estão aí a depressão e outros males do século bem presentes na sociedade.

E se a festa acaba, a luz apaga e o povo vai embora,

depois terá que voltar porque o dia novamente amanhecerá e a as nossas obrigações precisarão ser cumpridas.

É preciso dá um sentido à vida e justificar a existência sendo útil e vivendo suas etapas, de acordo com a experiência que vai se acumulando.

Fernando Pessoa, assim como os dois poetas anteriores, por volta de 1930, das janelas da uma casa, como expectador do movimento

e de tudo que se passa numa tabacaria, faz também nos traz uma reflexão. Expõe-nos suas dúvidas, sua ansiedade e suas expectativas.

O caos, a angústia, o excesso de informação e outras práticas

atormentam aquele homem, a tal ponto de ele se achar que é um sem-valor, um fracassado e um inútil;

portanto seu pessimismo só agrava as circunstâncias. Sua fragilidade e a falta de ambição para vencer as dificuldades,

o tornam cada vez mais depressivo.

É o estilo de vida de cada um que determina a sua paz interior e faz o mundo ser melhor ou não

Sobreviver, sendo útil e ter uma vida digna, dentro da normalidade

é o que se busca durante a existência. Mas é preciso ter raça e força para vencer!  

Não basta chorar nem reclamar ou fugir das dificuldades da vida.  

 

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