Confesso que a mim tu me pareces uma pessoa com inconfessáveis crises quanto à própria sexualidade. Com acessos de raiva típico de feministas que se indignam ao ser comparadas a meros objetos sexuais, tu estampaste furor contra os que se fizeram passar por espécimes fanáticos por sexo...sexo...sexo, dando uma pequena margem de possibilidade a que pensássemos, nós homens que gostamos, sim, de sexo, que tu eras uma romântica contrariada com tanta brutalidade masculina, em constante desrepeito à condição singular das mulheres.
Contudo, nesse teu último texto, jogaste por terra essa impressão. Parece-me que não gostas de homem de espécie alguma. Tuas indignações contra a raça dão margem a dúbias interpretações, agora muito mais próximas de definirem que tua opção sexual passa ao largo dos beijos e abraços masculinos, sonho e fantasia da maioria das mulheres, pelos quais aspiram como os guardas pelo romper da manhã.
Sinto muito pela tua escolha. Pensei que eras uma princesa; agora sei que és uma mulher de pés gigantes!