Socialismo do Século XXI
Não podemos desacreditar ou subestimar a força canhestra e asfixiante da proposta tonta de construção de um "Socialismo do Século XXI", ninada pelo perturbado presidente venezuelano, o senhor Hugo Chávez. Diferente do que acha disso o nosso chanceler Celso Amorim - um mero slogan -, vejo-a como uma ameaça à estabilidade política da América Latina. Quando os loucos se ajuntam, o hospício se desgoverna e os portões se abrem independentemente da ordem ou da lei.
Não se pode ignorar a força perturbadora de um presidente de um país sul-americano que, possuindo um amplo e forte exército de admiradores, populista sendo, arvora-se de Imperador da Venezuela, um país rico em petróleo, quinto produtor mundial de um petróleo de ótima qualidade, além do gás, por causa do qual tantas agruras passamos à guisa de sua dependência imediata, em recentíssimo passado.
Hugo Chávez falta-lhe apenas materializar um desejo forte que alimenta seu fenótipo imperialista - a espada à cintura de Bolívar!
Ele tem cercado carinhosamente outras lideranças do nosso continente, lançando, através do seu discurso, adjetivos desnecessários ao presidente Bush, ofendendo-o pessoalmente, sem se importar com qualquer consequência maior, não apenas para o seu país, a Venezuela, mas para todo o continente sul-americano.
Presidente, Imperador ou Rei? Esse novo e acéfalo líder sul-americano acaba de receber do Congresso Nacional venezuelano o poder absoluto, durante dezoito meses, para governar seu país por decretos, sem ter que enfrentar qualquer oposição. Suas idéias serão suas leis.
O Brasil, maior, mais rico e mais importante país da América Latina, jamais poderá enxergar tudo isso como apenas bolinhas de sabão sopradas ao vento pelo senhor Hugo Chávez. Gemula um estrago maior meio à mistura de idéias de já alguns líderes sul-americanos. O estrago para o continente pode vir em cascata e, quando olharmos para trás, já não poderá haver mais reparo. Há um louco fomentando uma revolução socialista, primeiramente em seu país, para só depois ramar para o resto do continente. Os loucos que discursam apelando até para a possibilidade de usar a morte como meio para seus fins, não podem ser considerados loucos comuns, mas inteligências despossuídas que podem causar malefícios terríveis a todos nós.
Uma intervenção norte-americana na Venezuela não é tão fácil, mas também nem tão difícil. Pela força é possível em questão de dias; os estragos políticos que causaria em todos os continentes do planeta, fato notório. Hugo Chávez precisa entender que o mundo pode continuar crescendo sem o seu petróleo e o seu gás, mas a Venezuela permaneceria na miséria atual se lhe fugissem os compradores, motivados por um amplo bloqueio arquitetado, não pela América de Bush, mas pelo Bush da América rica
Socialismo, sim. Liderança saudável, sim. Exportar suas idéias malucas e alarmistas, jamais. O pior é que à sua porta não tem aparecido, até agora, o outro doido do velho ditado popular. É bom pensar para não se deparar com um doido bem mais forte e poderoso do que ele próprio. O povo venezuelano não merece ser "protegido" por uma liderança insana, espalhafatosa, imprópria a existir nos dias atuais das relações internacionais. A diplomacia internacional é o melhor vendedor e o melhor comprador de todas as idéias producentes que possam aparecer aqui e acolá para promover o desenvolvimento dos povos. Chávez precisa parar de ser apenas uma figura circence, ou uma personagem de ficção, para ser um presidente de verdade.
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