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cronicas-->Um vírus, o homem e Deus -- 31/08/2007 - 21:50 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Um vírus, o homem e Deus

Em 1918, um vírus assassino dizimou a vida de 40 milhões de seres humanos. Graças a Deus, através da força genética da imunologia, a espécie humana sobreviveu e hoje, nós, seus sucessores, podemos contar a história desastrosa que esse inimigo minúsculo, chamado H¹N¹, causou à humanidade, àquela época.
Pois bem: no Canadá, mais precisamente em Winnipeg, um grupo de cientistas corajosos conseguiu ressuscitar em laboratório, usando os plenos poderes da genética, o tal vírus descrito acima. Fizeram isso no intuito de, com ele, aprenderem a lidar com um seu parente próximo, o H5N¹, o vírus da gripe aviária que nasceu no continente asiático.
Inocularam o H¹N¹ em passivos macacos. A força do velho inimigo ressuscitado retomou o poder mortal de antes e não necessitou de mais do que 8 dias para que o experimento científico tivesse que ser interrompido e os macacos mortos. Descobriu-se que o poder mortal altíssimo do H¹N¹, sua virulência, reside em sua capacidade de desorganizar o poder do próprio corpo do ser humano, de controlar as suas defesas. O sistema imunológico do homem era destruído rapidamente, antes mesmo que pudesse produzir sua arma de combate contra o invasor. Pelo menos com esse comecinho de estrada experimental que os cientistas de Winnipeg fizeram, dá para se pensar ter sido este o motivo patológico de ter havido tantas mortes em tão pouco tempo, quando o H¹N¹ agiu em 1918.
Nunca mais as manchetes dos principais jornais e noticiários do mundo todo notificaram acerca do H5N¹, suas vítimas aviárias e as localidades dos seus últimos desastres. Às vezes fico pensando que os cientistas que estão trabalhando com esse vírus não tenham permissão para publicar toda a verdade sobre o poder de destruição deles e por isso permaneçam silentes e amontoando o laborão científico rumo à descoberta de uma possível vacina, caso ele, o H5N¹, aprenda com uma mutação a transmitir-se de ser humano para ser humano, ao que tudo parece, isso ainda não tenha mesmo acontecido. Se já, é segredo de Estado e deve estar guardado a sete chaves e em lugar humanamente pouco possível de ser visitado, pelos curiosos de plantão - os patológicos paparazzi do mundo da espionagem científica.
Fiquei curioso para saber o porquê de o experimento com os símios inocentes de Winnipeg ter sido interrompido aos 8 dias. Chego a pensar que, de certa forma, possa ter-se apresentado aos cientistas desse estudo uma perigosa situação que prenunciou uma possível perda de controle sobre H¹N¹ e terem ficado diante da proximidade de uma nova pandemia. Exagero à parte, que dá para se imaginar que algo de perigoso possa ter acontecido, bem que dá!
Esses nossos heróis anónimos deveriam ser tratados a pão-de-ló, vocês não acham? Ter que trabalhar com elementos virais de altíssimo risco de contaminação, não é para qualquer um. Esses seres são poderosos mesmo, muito mais que o próprio vírus assassino, o ressuscitável, que se o for mesmo, amanhã, sabe-se lá o quê, possam oferecer-nos através dos seus também malditos primos o H5N¹.
Os anos passam, a longevidade dos humanos alarguece, as doenças se mascaram, surgem novas delas e o homem continua a lutar para vencer os males que brotam em nome do maior tesouro que a espécie humana possui: a sobrevivência. Quando conseguimos isso, às custas de muito estudo, muito trabalho mesmo, é fácil encontrar nas pupilas curiosas de um cientista brilhante qualquer a falta de fé em Jesus, Ser, esse, o único caminho vivo que ressuscita os mortos e perdoa os pecados, revelando a verdadeira eternidade que habita a salvação do homem. Eu não sei o que será pior para o homem: morrer pela pestialidade mórbida de um vírus poderoso, mas crendo em Jesus, ou brilhar como um cometa cruzador dos céus e apagar-se de vez diante de sua descrença em Deus, quando diante da morte entender que nada mais será do que apenas o pó da terra, sem brilho, sem ciência mais que o ressuscite. A fé só vale até o último suspiro de vida. Depois disso, não há mais genética que forneça a biologia sacrossanta da salvação eterna.
Que venham esses serezinhos perigosos. Na terra vale a sobrevivência para a perpetuação das espécies entre nós e os não-humanos. Nós temos o Mestre ao nosso favor. É crer para fazer, ao invés de fazer para crer.
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