Usina de Letras
Usina de Letras
158 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50618)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140802)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->PAC -- 31/08/2007 - 21:47 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


PAC

Se o governo Lula não for capaz de produzir, com suficiência, a proteína necessária para alimentar a população brasileira, há uma solução à vista: cientistas já estão clonando galinhas com genes humanos e elas, por sua vez, já estão pondo ovos contendo proteínas humanas. Sem alarde, quase sem reunião, longe de Davos e Kioto, esses seres humanos, bem concentrados no que querem fazer e realmente fazem, estão materializando os meios para curar doenças, além de matar a fome dos habitantes do planeta.
Alegro-me ao ler a notícia acima e padeço envergonhado ao ler também que, no Estado mais rico do país, São Paulo, o ensino superior tem apresentado a maior inadimplência desde o ano de 2002. Em cada 3 alunos, dois estão inadimplentes, fechando um percentual de aproximadamente 30%.
E retornamos àquela velha história da deseducação oferecida pelo Estado, que se torna pior do que a sua falta. Olhem os índios como sabem educar seus filhos, claro, segundo sua cultura mística. Entre nós humanos o crime é que tem sido o subproduto dessa falta de educação de uma forma ampla.
É por isso que não canso de pór a culpa no Estado - um Estado fraco, indolente, fazedor de leis que não são cumpridas, peca e cai nisso.
A miséria das periferias das cidades grandes do Brasil só será resolvida quando, sem o bolsa-escola, bolsa-família, o governo resolver atacar de frente a falta de emprego. O Estado deve fornecer salários dignos aos nossos desempregados, favorecer as mães que, por opção, preferirem ocupar-se com os trabalhos domésticos e cobrar desses beneficiados a presença de seus filhos nas escolas. Trabalhadores que ganham salários dignos não necessitam das esmolas sociais, do tipo das que o governo tem ofertado - tantas vezes de forma fraudulenta, desorganizada, cheia de falhas pouco reparáveis.
E agora os burocratas do governo inventaram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Enganosa maneira de reeditar os velhos planos de desenvolvimento. Estão rebatizando os planos plurianuais dos governos anteriores. Grande novidade, essa!
Comparo esse plano a uma madrugada muito chuvosa à espera de um sol madrugador custoso de sair. Reformas, reformas e reformas é o que tem de ser feito pelo Estado. Do Judiciário ao trabalhista, passando por todo o esqueleto raquítico e reumático que desacumula os programas verdadeiramente sociais que o governo não tem feito.
A escola como atrativo para os nossos jovens (educação em tempo integral). Pais bem ocupados e recebendo bons salários - quero ver sobrar nas ruas os pequeninos latrocinistas e os bandidos enfileirados à procura de suas vítimas - uma sociedade fragilizada por todas as arestas do convívio social.
Planos e mais planos, leis e mais leis, para quê? Encher os calhamaços palacianos?
A letargia, a morosidade, reuniões infrutíferas regadas às repetições medíocres de velhos planos - velhas promessas - que jamais saem dos papéis, tudo isso sim é desgoverno e retroação. Governar fica bem mais difícil quando os líderes maiores do país são cultos, receberam educação vigorosa, nunca orbitaram em ações emocionalmente enganosas, satelitizando um desespero à procura de fama e voto.
Nossos técnicos, os que vivem a encher as salas de aulas das Universidades, saberiam muito melhor do que os apadrinhados políticos que dizem governar, pór este país nos rumos do desenvolvimento.
PAC para quê? Para Alguma Coisa - ah! PAC! Soa como uma pancada forte aos nossos ouvidos. Será que vingará?

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui