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Cronicas-->O que sustentará a China -- 31/08/2007 - 21:46 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O que sustentará a China?

E o dragão chinês, quem duvida, continua a bater seus próprios recordes de desenvolvimento: 2006 chegou com a bagatela de 10,7% de aumento do seu PIB. A China voa, sem saber se encontrará algum galho que a sustente firmemente quando for grande demais e, olhando para dentro de si, vir que até água potável terá que importar para seu povo beber.
A China não poderá ser o grande dragão vermelho da Ásia, sem a soja, o ferro, o aço, o açúcar, a carne, etc., brasileiros. O petróleo, de que necessita para dar sustentação ao seu desenvolvimento desenfreado, tem que ser importado também dos países produtores e exportadores.
Um superávit extraordinário em sua balança comercial, a maior população e o maior exército do planeta, a maior extensão territorial, mas sem a proteína e água necessárias à sobrevivência de seu povo. Importa matéria prima e vende manufaturados e industrializados; ganha os dólares de quem tem a receita do bolo, mas necessita comprar a farinha de trigo e os ovos. E aí? Como pode dar-se um desenvolvimento sustentado em um país como a China? Fazer pastel sem óleo? Macarrão sem trigo? Vão findar pondo a culpa na globalização se, mais à frente, alguma coisa der errado. Quem não planta não pode colher: isso é um axioma em se falando de desenvolvimento sustentável.
Mas estarão abertas outras grandes portas de compensação para tudo isso. O turismo, por exemplo, será sempre uma importante força na soma de divisas da China. E ele deverá ser proporcional à sua abertura política e social. O muro deverá ser apenas um cartão postal chinês, sem nada representar à falta de liberdade. O mundo não visitará os regimes carrascos onde a ausência de liberdade seja protegida por lei. Ou abrem as portas com humanismo e liberdade ou isolam-se na contemplação das demais dificuldades.
A China necessita ser responsavelmente generosa com o Tibet e libertá-lo, libertando assim um pedaço da cultura apreciada por quase todos os povos. A opressão do regime chinês é, além de ousada, desinteressante. O Estado chinês parece querer controlar até as manifestações álmicas de seu povo, através de sua cultura erudita. O Tibet ainda não foi deglutido pelo mundo livre. É preciso libertar aquele pedaço sacrossanto de terra, encravado no Himalaia, possuidor de um perfume adorável de fé e amor à cultura e à arte. O Tibet culturalmente é tão grande, ou até maior que a própria China. Ainda acho vergonhosa a forma como a China interfere e interdita a vida tibetana. A invasão do Tibet é fato insuportável para qualquer povo que venere a liberdade.
Muita coisa já mudou na China depois que ela adotou, em sua economia, partes interessantes do modelo capitalista reinante no Ocidente. É fato sabido que na China começa a aparecer a exclusão social que, em se tratando de um país comunista, é um fato deplorável e injustificável.
Acredito que esse crescimento estupendo que vem tendo o gigante vermelho da Ásia amarela, trará para ele próprio consequências inesperadas e proibidas a um país comunista. (comunista?!)
A China é uma ditadura ímpar. O governo chinês possui o peso bélico necessário para se isolar do resto do mundo em suas decisões mais radicais, como, por exemplo, a falta de liberdade em seu território e a pena capital a que são submetidos os intelectuais que se opõem aos mandos e desmandos do poderosíssimo Partido Comunista Chinês, senhor soberano e absoluto das ações engendradas e postas em prática no continente.
Há um outro perigo que o restante do planeta corre com a China imensa. O domínio da tecnologia-nuclear, a enorme reserva em ouro e dólar que um país possui, podem, muito bem, fornecer-lhe o desequilíbrio de pensar que tudo pode e arvorar-se com alguma decisão desaforada contra o resto do planeta. Quem seria maior que a China hoje? A América de Bush? Que nada! A China é o gigante que mais cresce e o maior exército de todos os continentes. Daqui a alguns anos será ela quem estará ditando as regras mais importantes do comércio mundial. A globalização tende a receber forte participação da cor chinesa do seu modelo desenvolvimentista e, pior ainda, do seu poder político.
Quem dirá no futuro próximo como se comportará a China diante do mundo globalizado, será o tamanho de sua dependência material? O resto ela tem e de sobra.
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