Minha candy Kat, imagino teus olhos como duas amêndoas brilhantes. Teus lábios carnudos, macios, de vivo carmim, suculentos em busca de um beijo apaixonado. Teus cabelos castanhos, brilhantes ao sol, esvoaçados à força do vento, em constante atrito com teu rosto angelical.
Imagino-te caminhando à beira de um lago, tranquilamente jogando pedrinhas na água, observando os círculos concêntricos que formam no choque, pensando em cada um deles como sentimentos que te dominam e espantam. O maior deles, a dor de não saber quando virá te salvar um príncipe virtuoso; o menor, no centro de tudo, sufocado pelos demais, a esperança de encontrar um grande amor, materializado num grande homem, cheio de virtude e bondade, que te respeite e honre acima de tudo, que viva em tua função e morra por ti se preciso for.
Imagino-te assim, doce Kat, uma mulher que, aos 23 anos (está certa a idade), tem o mérito de despertar a ira em rudes homens, e a paixão nos mais sensíveis.
Ainda estou no meio do caminho a descobrir em que categoria me incluo. Talvez tua resposta, quando nossas mente se deliciarem em nuanças de fantasia, dirá que sou; eu deitado em teu colo, acariciando os rosados mamilos que enfeitam o busto, sussurrando em teu ouvido palavras de carinho, num momento de cumplicidade ímpar, somente possível em amantes que não temem a fugacidade dos sentimentos, nem a insanidade que mata o romantismo.
Que essas palavras piegas, serena Kat, possam amenizar a ira que minha contundência causou no teu jovem e sensível espírito.