ESTOPIM Como chama que sobe Um piado se sucede No rebrilho da modéstia Em que me enterro macho E no silêncio desse palco Num respirar de fêmea É que me falo a mim do amor mais debruçado Ser a delícia da imprudência exemplar Indo das vias normais se desviando Ó musa dos momentos infernais Tua superfície inteira é carapuça E serve, por grande sorte do destino De presa a loucos de plantão Do verso e ao reverso do avesso Por andar crendo ser quimera Onde o gemido é escandaloso E sutil o gozo em que ruge sem querer O prazer mais diverso e tão secreto