Depois de uma noite negra
De pesadelos...
Novelos nas linhas dos sonhos...
Sonhos em preto e branco
Sonhos de homens capitais
Passo pela madrugada...
Com meu despertar repentino, amanheço!
Não há meninos, não há mais inocência!
Não há crianças, não há mais esperanças!
Não há homens e os seus grandes sinais...
Início a jornada
No dia dos homens sem iniciais.
Entristeço,
Na mente crio frases letais
Passo pela vida em sonhos vivos
Sem esperanças, sem sim
Sem os sinais.
Dias sem sombras...
Passeio pelo parque
Passeio pelos templos
Passo pelas horas
E o dia não passa
Parece que não têm finais...
Anoiteço!
E vêm as estrelas
Vem uma linda lua
Para me consolar, para me controlar!
Para mudar minha emoção
Ela vem toda fria, cheia, minguando a razão
Traz um beijo!
E me diz como devo olhar a vida!
Ela diz como olhar a realidade da rua.
Anoitece,
Da janela vejo o negro da noite
Vejo o luto da rua
Vejo velhos e moços
Vejo a mãe natureza beijando suas crias.
Vejo meninos e meninas
Corpos cobertos de sereno e papelão
É assim, um dia atrás de outro dia
E amanhã certamente será igual
A mesma vida...
No início, no fim e no meio dia...
Na estrada, os mesmos rastros de astros sem nomes!
Passam cometas...
Fazendo planos...
Cometem enganos!
