Lá no campo
O carro de bois
Suas rodas travadas
Sei eixo apitando
Num cenário bucólico
Que um dia existiu.
O condutor do conjunto
De forma lerda e indolente
Oi, boi !
E a boiada parava.
Aqui na cidade
O transporte, um automóvel
E eu, triste e imóvel
Saio ao raiar do dia
Com a sirene da fábrica
Do bombeiro, da ambulância
Vendo um outro mundo
Com gente correndo
Para o trabalho, para a escola
Com falas estranhas
Com gestos nervosos
Oi, cara !
|