Usina de Letras
Usina de Letras
139 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62181 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50584)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140792)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Barata Ribeiro 316 -- 12/01/2001 - 00:39 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
http://planeta.tera.com.br/arte/vaniadiniz

Casa da minha infància, casa querida dos anos antigos, casa que me viu crescer, com suas salas grandes e espaçosas, Copacabana gritando lá fora, rua movimentada do Rio de Janeiro. A agitação reconfortante, os gritos infantis, a bola quebrando as vidraças, o balanço que acalentava o fim do dia, os lanches apetitosos na varanda, a biblioteca estimulante e os livros preferidos, o estudo vigiado e dúvidas elucidadas, os jantares deliciosos em conversas alternadas e a presença dos olhos azuis de meu pai, inteligentes , perspicazes, dando ensinamentos de vida.
Barata Ribeiro, espaço tentador que enchia de novidades a juventude, de esperanças a meninada correndo em perigo, pelas calçadas animadas, e de expectativa os adultos, procurando atravessar com cuidado entre os carros velozes.
Barata Ribeiro, que me viu crescer, entre prazeres e obrigações, meus irmãos enfrentando, impávidos, as esquinas inesperadas, os bares convidando ao rebuliço e as conversas, as vitrines atraindo às compras , os restaurantes animados concentrando o pessoal de Copacabana, as praias absorvendo os povos de todas as categorias, os morros reunindo casas e pessoas com o andar e sotaque carioca e a vivacidade inigualável da Avenida Copacabana.
Barata Ribeiro, cujo portão fechado nos levava ao desejo de liberdade quando saíamos correndo para os passeios e o colégio. De manhã cedo o estudo redobrado à noite as reuniões e festas repetidas. Meu pai trabalhando no escritório, minha mãe ao telefone.E nós pequenos, correndo escada acima e abaixo, discutindo nossas questões, e fingindo dormir quando alguém entrava de mansinho.
Barata Ribeiro te vejo em cada pedaço da minha vida, nas alegrias que surgem, nas tristezas costumeiras, nas divergências naturais, no amor que se manifesta, nas pessoas que procuram diversão e ideais, e me recordo então, que naquela época a violência era rara e ruas e praias de minha cidade eram curtidas com veemência.
Barata Ribeiro, ficaste lá... E nós? Onde estamos?

Vània Moreira Diniz



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui