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Cronicas-->Lua de desejos -- 13/08/2007 - 19:09 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lua de desejos

Queria fazer amor com a Lua, essa musa furiosa e mansa que atiça os poetas do povo. Minha alma verga-se diante do aroma que ela exala no céu. Beijo-a com os olhos ou com a minha boca e faço incontáveis versos de amor, querendo ser um poeta parecido com o Sol que sabe onde ela se esconde após as madrugadas com seu cheiro absíntico.
As quatro Luas me fascinam tanto que não consigo olhar para o firmamento sem procurá-las, seja noite, seja dia; as luas mais bonitas que encontrei dentro de mim não foram exatamente aquelas que estiveram no céu, diante dos meus olhos, mas as que, cascavilhando com os sentimentos, pude encontrar dentro da alma.
Não me conformo com a noite que, apesar de deitar-se comigo, não faz amor com o meu corpo. As pedras são pedras porque não vêem a Lua radiosa fazendo a pose santa para que o poeta talhe seus versos. Essas pedras se encerram nelas mesmas porque não gozam com a purpurina que a lua deixa cair do alto para pintar um luar mágico que me excita.
Uma lua é capaz de enlouquecer um corpo ávido de desejo; é por isso e outras tantas cousas mais que a serenata atrai uma procissão furiosa de amores desencontrados procurando os versos doces, mais da noite e da poesia do que do poeta.
Grato sou à vida porque dela pude retirar um sentimento diferente que me fez olhar para o céu, achar por trás de uma noite linda uma lua enfeitiçada que, beijando a pele do meu corpo, mostra-me quantas serenatas tenho todos os dias, dentro de uma única alma que me escolheu para me fazer poeta.
E assim, olhando para o céu dos meus desejos, vejo os desejos do céu de um poeta e avisto os versos encantados que me caem como pára-quedas desviando-se das pontas das estrelas.
Meus olhos vêem, meu coração sente palpitando, meu corpo flete-se ante à poesia do luar, tudo isso abaixo de um céu cheio de luas que vão e voltam sem cansar, como que adivinhando os pedidos sedutores que nossas almas mandam fazer-lhe, sem se esquecer de alimentar aqueles outros, bem safadinhos, que nossos corpos nunca se esquecem de lembrar, no rastro do sereno que, segredando nas gotículas do orvalho, espera sempre um dia nascer com um sol sempre renovado.








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