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cronicas-->As águas do céu -- 13/08/2007 - 19:05 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As águas do céu

Em nenhum momento que olhei para o céu, vi nada triste. Até a escuridão trancada das nuvens carregadas de chuva pareceu-me colorida e bela. Observo-o no repasto do meu lirismo, sob o seu sombreiro venturado.
Sou um violeiro viciado em flautas, desejando ser um anjo. Vóos dou e não são poucos, talvez chalaceando de mim mesmo: iniciático poeta que se alimenta de tantos sonhos coloridos que caem de um céu firme, maior do que meu imaginário.
Toda noite me é diferente e encantadora. Umas mais que outras, na ausência de luas. O homem, esse lobo de si, evolui distraído de belezas tão simples e próximas de nós. Paciência, esse céu maravilhoso que temos todos os dias, espalha seus versos diante dos nossos olhos e nós é que não os queremos enxergar.
Meu berreiro estrofado em versos que faço distraído do dia-a-dia como quem não enxerga o céu, diz da cravação de meus olhos no espírito de Deus. Admiro-o muito.
A guerra encobre este céu que ora declamo. Desencanta os homens da criação, encantando-os. As armas parecem a xingação do perverso e é Nababo que apavora. Mas são feitas por nós e nós somos elas. Nossa tutoria bélica merece imiscuir-se no estrelado do velho castigatório: única maneira talvez de passarmos à condição de pecadores veniais.
Continuarei burburinhando com meus poemas. Sou colibri desgaiolado que vez por outra atreve-se a ser corvo calado. A solitude faz- me pensar no céu que pus no início desta crónica. Vendar os olhos, jamais, para não perder a maravilhosa chance de, vendo, acreditar nos sonhos elaborados no céu para caírem sobre nós como a chuva renascida dos beijos que as águas da terra dão no mar que sempre sobe aos céus para nos fabricar mais sonhos.
As palavras têm uma força magnífica, quando saem de dentro de nós carregadas de propósitos; são perigosas quando querem apoderar-se da destruição, mas sabem e podem construir verdadeiros castelos de fadas, quando se aninham pos trás de poemas de amor.
Por que matar tantos inocentes, alguns deles que nem sequer declamaram seu primeiro poema produzido ou aprendido? Melhor nos seria dormirmos a sonhar com palcos diferentes dos da guerra, embora desestrelados. É que cada um de nós carrega um sol e uma lua dentro de si; basta poetizá-los para sermos diferentes. Firmamentos temos tantos dentro de nós, que até poderíamos ser um grande universo lírico a construir a grande festa da existência pacífica.






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