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cronicas-->De Tróia à Tróia, exceto Helena -- 13/08/2007 - 19:02 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De Tróia à Tróia, exceto Helena

É-se preciso trazer-se dos tempos pré-literários, quando logo se pensa na velha e linda Grécia, o gigantesco cavalo de Aqueus, abrir-lhe o ventre e colher seus guerreiros e, pondo-os nas ruas escuras de Maceió, dar-se segurança a seus bairros tão sofridos? Segurança, ó segurança, onde andas?
Não é necessário lembrar-se da guerra de Tróia, contratar Páris, Ulisses e Menelau, todos, agora, como um ninho de um novo exército, para juntos travarmos uma nova guerra epopéica contra os bandidos pós-troianos. Quantas Helenas não são sequestradas a todo instante..., não nos é mais ficção, e sim realidade. Helenas que se cuidem, coitadas.
Desde que o homem teve consciência de si, iniciou a ponte entre ele e a eternidade. Encontrou Deus, pecou, reproduziu misérias e achou a morte inútil. O mundo mudou. A internet deslimitou seus horizontes, facilitou-lhe a busca de seus desejos e colocou-o no seio de uma grande guerra, onde ele mesmo é alvo de sua violência. Amanhã, você, meu caro leitor, poderá estar na clausura opressora de um sequestrador descabido. É por isso que devemos fazer muitas coisas em prol dos já atingidos e na procura firme dos mesmos para destruir as mazelas mais perigosas que nós, homens, tanto engendramos. Continuo a bater na tecla de que um homem, que vai aos anéis de Saturno, já passou do tempo de aprender a beijar o coração de seus semelhantes e construir uma paz duradoura e firme. Pode! Deve!
Deus me dê a força de Agamenon para destruir os muros da guerra - neles incluídos o que divide nossos irmãos de Israel de Sharon e da Palestina de Arafat. Que as guerras passem para a história como sendo parte esquecida e contada de um passado inconsequente do homem lobo.
Devemos construir para os futuros inquilinos desse planeta uma epopéia que fale de amor à vida, animação, alegria, concórdia. A pior parte de nossa história, e que jamais devia ter sido escrita, está em evidência agora quando atingimos nosso mais desenvolvido estado civilizacional. Aprendemos errado? Dessocializaram-nos? Pena e é o que nos parece ter acontecido mesmo.
Vou chamar à mesma mesa os guerreiros do rei Menelau, os do povo Aqueu, farei com que Agamenon e Páris se abracem e, para me sentir pago pela elaboração de tão astucioso e mítico plano de paz, fugirei com Helena de Tróia, sobre o cavalo dos Aqueus, para as Cataratas do Iguaçu, do lado brasileiro, é claro. Encherei o ventre da rainha com o sopro do meu prazer de ter contribuído para a construção de um mundo melhor. Quem quiser contribuir com a guerra fica na outra Tróia, onde os leões são cada vez mais ferozes e famintos. Viva a literatura porque é bela e mansa como os grandes contos de amor e paz e me permite, brincando, é certo, contextualizar com narrativa tão fabulosa, antiga e atual,de tempos imemoriais: A Ilíada e a Odisséia.
Segurança mesmo, acho que ainda nos demorará muito tê-la. Os anos passam, o povo empobrece, a opressão dos ricos e poderosos aumenta e o homem desgoverna seus próprios passos. Vale a pena olharmos para o céu longínquo e pedir que, outra vez, desçam de seus pórticos o deus Netuno, o deus Vênus e tantos outros que ajudaram a gregos e troianos na linda lenda de Helena. Pelo menos isso não nos pode roubar quem não nos deu segurança até hoje - o Estado Brasileiro!
O maior exemplo de insegurança que presenciamos em nossos dias é o aviltante aparato de segurança para garantir os jogos olímpicos de Atenas - esse berço grego das artes ocidentais - que, absurdamente, para nos mostrar a beleza dos jogos entre as nações civilizadas, requer tal poder de fogo de tão grandiosa multidão de homens e armas. Não há contra-senso maior o fato de necessitar-se de um poder bélico imponente para mostrar-se os jogos da paz entre os homens. É para onde estamos indo.


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