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Cronicas-->Os poemas só se acham -- 13/08/2007 - 18:58 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os poemas só se acham

Ai de algum jardim que não produza flores. Nele os pássaros se desencantam e não pousam. Seus ninhos transformar-se-ão em casulos imprestáveis, o sol não se encantará ao secar suas pétalas orvalhadas nem a lua os perdoará nas noites de inverno lumeeiro produzido não só por este astro, mas pelo céu inteiro.
Ai da palavra que não amar um discurso. Sucumbirá perdidamente triste por não informar uma vontade ou um sentimento. Se uma seca palavra não transcender a nada, morrerá na solidão da literatura a quem não póde pertencer e servir. Que posso dizer por fim sobre um poema qualquer que não foi lido ou declamado?
Mas com um poema isso jamais acontece. Quem nos dá essa estrela são os deuses que, mesmo morando bem longe, nós os temos sempre por perto, no bafo quente de nossa felicidade.
Um poema é como um filho pródigo que sai à rua para passear e encantar a vida. Se não volta cedo, vamos apanhá-lo antes que caia a madrugada e outros poetas nos roubem, trancando-os noutros espaços, onde cintilarão embora carentes dos nossos carinhos. Os que faço, e que jamais são meus somente, não os perco. Tiro cópias. A manuscrita ponho no coração; as outras, dou a quem se interessar possa por eles. São clones saudosos e cheios de ilusão, ilusão essa abarrotada de sonhos áulicos que nos mostram as filigranas das coisas belas que aprendemos com a vida.
Meus poemas são feitos de meu sangue ventricular. Tenho por eles verdadeira adoração. Se algum de vocês os encontrar perdidos n´alguma página solitária, beije-os por mim. Certamente lhe retribuirei com outros, que sairão, das lágrimas alegres por saberem que não morreram.
Um poema é um anjo convidado a voar da alma ao coração. Quando bate asas e pousa n´algum livro, eis que o poeta sente uma saudade imensa que o anima a fazer outros, maviosos e romànticos os quais sairão à procura de outros corações sensíveis capazes de sentir o frescor lírico desses poemas alados que fabricamos.
O poema é a outra vida da alma da gente: sua imortalidade é tamanha que sua própria sombra não precisa de luz para enxergar o amor. Tem uma força tão forte que amarra as palavras num congraçamento de felizes significados, formando-se música melódica diante dos nossos olhos.
O poema é mais do que a voz do coração; é a voz da vida da alma, onde os nossos mistérios podem se tornar imortais para viverem felizes na conjunção dos seus próprios encantamentos. O poema é simplesmente a prosa do amor em versos. É por essa razão que a cada dia que passa eu me encanto mais por eles. Não sei se são todos eles os sonhos que ganho acordado ou se é o sono que afasta os meus pesadelos.

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