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Cronicas-->Sempre no Natal -- 13/08/2007 - 18:46 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sempre no natal

Existem coisas que nos machucam profundamente: a traição, a desumanidade, o falso testemunho. Vimos essas mazelas quase todos os dias. As pessoas não se apercebem de que viver não é produzir esses frutos que já nascem podres. Qualquer um vira o jogo: é só querer e se dispor a fazê-lo. O homem é produto do meio que ele mesmo faz. Tropeços repetidos são os que nos produzem calos intransponíveis e criam máculas que não nos deixam mais como antes.
Dezembro sempre foi um mês de conciliação de almas e gastos excessivos com os presentes cobrados a todos nós pela mídia do comércio. O fim do ano entorpece o nosso bolso e o dinheiro sai na compulsividade das compras. Dá-se, dá-se, dentro de um significado que é efêmero e mantido pelo rigor e pela fome da propaganda cruel que nos rouba.
Há criaturas que guardam o ano inteiro o que lhes falta no dia-a-dia. Prometem a eles próprios que comprarão presentes, farão voar rolhas de champanhe e se esquecem de que essas coisas são fugazes e morrem nos seus próprios gestos.
Dezembro vai, janeiro chega, o carnaval acorda e não se toma o fólego do engano e assim o tempo se encarrega de perpetuar esse gesto quase mágico da humanidade. Os ocidentais exageram mais. Papai Noel não encontrou morada firme no Oriente.
Cada fim de ano as perdas se acumulam e nós nos esquecemos de olhar para dentro de nós mesmos e alcançarmos o cheiro do desperdício. A euforia das compras natalinas, o exagero das bebedeiras de fim de ano, a esperança em um ano melhor do que o que se foi, tudo isso vira um sonho que não pode ser esquecido.
Gosto de refletir sobre o Natal e o Reveillon. Quando tudo isso passa, a carteira está quase vazia e a dura realidade da continuidade do trabalho pesado e dos salários corroídos nos acordam para aguardarmos novos reveillons e novos natais.
O ser humano é uma grande festa de esperanças. Ai de nós se não fóssemos assim. Quantas vezes, no presente de fim de ano que damos a alguém, não está uma clara reconciliação? Há o lado bom do fim de ano. O homem renova suas esperanças e momentaneamente acha que é feliz, na caixinha enlaçada do presente ou no porre do espumante.
O presente mais significante, que pode ser dado nesta época a alguém é um gesto de carinho e de amizade. Dizer ao outro que ele é-nos importante, abraçá-lo, exaltar suas qualidades: é se estar bem além do Natal comercial e adentrar-se na sua essência filosófica.
E esse mundão de meu Deus, o que continuaremos a fazer com ele? Esse homem, seu inquilino, em que mudará? Esse mundo é o que vivemos e esse homem sou eu, é você, somos nós. Os lamentos que não criam soluções são como um vento mau que passa e destrói e deixa o choro e mais nada.
Brindemos, compremos, saudemo-nos fraternalmente, sem nos esquecermos de que há muitos gestos e ações que estão fora dessas épocas festivas e que deles, desses outros de que falo, é que advêm a força, o dinheiro e a esperança de que haveremos de fazer essa continuidade da eterna festa da vida.
O Natal sempre será o Natal, cheio de Papais-Noéis, luzes e magias. O que não deve acontecer é, depois do sonho, mantermos trancafiados na escuridão as fontes de nossas esperanças. Nossas vidas têm de ser transformadas em festas lúcidas, durante todo o a


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