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cronicas-->Essa morte que é, não mata! -- 13/08/2007 - 18:44 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ESSA MORTE QUE É, NÃO MATA!

Uma inevitável criatura crua e desumana que sorrateiramente nos acompanha por toda a vida e desmerecidamente é eterna, enche esta prosa. Eu falo deste mísero ser chamado Morte, que passeia infeliz ao lado de toda a nossa vida, como se nos invejasse por termos a eternidade da alma, muito embora não tem essa mesma condição o nosso corpo desmanchável. Um dia perguntarei a Deus sobre isso. Por que destes a eternidade da existência a esse mal? Por que nossa carne não foi feita assim, também imortal? Talvez precisarei andar pelos desígnios de Deus ou pelos mistérios infindáveis da vida. Nessa seara não poderia pisar! Os olhos que a enxergariam, seriam outros, e não os que tenho com tão pequenino alcance mortal.
Esse mal flui na imensidão das existências que preenchem a eternidade e o infinito dos mundos, velhos mundos de infindáveis contos existenciais que nos tornam tão pequeninos e até brincam conosco, às vezes, fazendo-nos minúsculos fantoches da criação.
Morte que zomba de nossas lágrimas e de nossos lutos, presenteada pela vida dos nossos sentimentos, sem nem ao menos pedir-nos licença. É podre ser que não sabe sorrir feliz, e por isto nos inveja e nos mata a carne. Sua imortalidade não tem brilho, e o nosso corpo lhe é devolvido na podridão que fazem os vermes do tempo, trabalhando na suculência do substrato da matéria inocente, opróbrio da vida que perdemos para ela, sem nunca entendermos o porquê.
Mas há as cousas do outro lado da vida, onde mora a sabedoria divina que nos transforma em imortais felizes, depois que o sopro da vida, retirado temporariamente da carne que damos podre de volta à morte, sai a passear com o espírito. Essas coisas, cercadas de mistérios invioláveis, só nos chegam pela fé profunda e densa. Essa, sim, registra as nossas lágrimas, apaga os nossos lutos e nos leva ao cerne da luz de Deus, onde nos espera Jesus, com a imensa misericórdia contida nos seus braços abertos e em suas mãos espalmadas. É o renascer da pura busca do cristão que crê verdadeiramente na luz da eternidade.
Nesse reencontro, após o desabrochar da nova flor da vida, passamos a reacender um novo verbo, sem as dores do mundo, mas com os compromissos de um novo céu. Nesse lugar endeusado, a flana não pisa e nem reina. O outro corpo torna-se eternamente aceso, e a paz, só a paz, poderá nos alimentar sorrindo.
O poder vil da terra morrerá. O poeta celebrará outros cànticos, e o homem, agora eterno, voltará de sua grande viagem e se agasalhará no manto de "Maria Santíssima", que anima o grande salão onde vive e reina a eterna fonte do amor de Deus. Ela, a escolhida, nos receberá também em seus braços, acolhendo-nos como filhos fiéis.
Não há mais tempo para retrocessos. Somos alvos fáceis da morte da carne. Precisamos envergonhá-la com as nossas boas obras, para podermos morrer com a alegria da dignidade e ganharmos o passaporte de Deus para nos autopreenchermos com a eternidade do seu Amor. Amar, amar e amar muito, porque todo esse amor ainda é muito pouco para esse mundo que, a cada dia, desconhece o amor verdadeiro e fica tão próximo das mortes eternas que nascem da descrença no Criador. A rotina da morte entristece os que nada sabem sobre o legítimo e belo horizonte da vida. Percebemos tão pouco que às vezes nos tornamos inúteis. Isto é tudo o que a morte quer de nós: nos perdemos em nós mesmos. Nas fraquezas está a sua valentia, e no nosso desabrigo está a sua forca. Quem pertence a um Deus tão cheio de glórias, como nós, cristãos, não merece sofrer com a morte. Somos inatingíveis enquanto correspondemos ao amor do Pai.
Celebremos as nossas vidas nos nossos dias de vivência terrena para podermos alcançar, no fim do horizonte da fé, a grande porta da ressurreição, escancarada, para nos pór eternamente vivos na casa do Pai.

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