Usina de Letras
Usina de Letras
139 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50618)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140802)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->A Velocidade do Moderno -- 08/08/2007 - 13:08 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A VELOCIDADE DO MODERNO

Meu olhar vigia atentamente o dia-a-dia dos meus passos. Escrevo tudo o que vejo, publico uma parte dele e vou vivendo. Misturo-me em minhas narrativas, ora chorando, ora gargalhando, sem me importar com o que a crítica diz. Amo os meus leitores, poucos e bons dentro de uma multidão de estranhos. Se lhes faço bem ou mal, não o sei dizer.
É preciso moderação em tudo o que se escreve. O pós-modernismo chegou cheio dos exageros desse dia-a-dia. O movimento do que se tece é impressionante. Acha-se o cheio dos vazios e escuridões dentro das luzes que mais brilham.
A tecnologia muda o viver de antes. O homem perde-se e acha-se diante do que constrói perplexo. A vida torna-se exageradamente moderna, e a alma não acha o tempo para pensar diferente, vinculada ao passado vivido nos seus próprios alicerces.
Como sou um romàntico por natureza, talvez geneticamente, não cultuo muito os excessos da modernidade, nem tampouco os deixo de lado sem lhes prestar a atenção devida, afinal sou eu um ser social. Não o aprecio tanto, essa é a verdade. Meu moderno tem raízes fortes no atávico.
Se o moderno é o que muda agilmente, eu posso até estar ficando para trás, parado no silêncio de minhas reflexões que não querem tecer passos apressados. Saio sacudindo versos mansos nos desvios da estrada da modernidade e minh´alma os ajunta numa messe além de literária, de um modo especial que não se acha no tempo.
Meu barco leva um homem, uma criatura divina, um poeta assustado com o caminhar das teses misturadas às antíteses que são bebidas por nós, quase que inconscientemente nas páginas dos jornais, livros, televisões, rádios, na conversa de botequim.
Estão se esquecendo do "bênção, papai", "bênção, mamãe", eu te amo, boa-noite, um abraço forte. O mundo passou com a modernidade nos movimentos abruptos que não nos dão condições para envernizá-los e decidirmos o que deve ficar entre nós e o que deve ir-se com o vento mais moderno ainda - agilíssimo, para um lugar longínquo.
Entendo que a pressa do moderno somos nós que a fazemos. A culpa não é do vento, do sol ou da lua, mas de nós, tolos expectadores das propagandas indiferentes e dos luares artificiais dos Néons da vida que tanto encantam as ilusões das noites de farras.
Um violão numa noite enluarada, dentro de uma serenata, sabe driblar tudo isso e nos converter em pré e pós-modernos, sem necessidade de assistirmos a tanta velocidade.
Não sei o que nós criaremos doravante. Acho mesmo que só nos resta o tropeço final diante de tanta velocidade de criações literárias e outras. O efeito estufa, a globalização e outras mazelas nos porão em devido lugar: eis uma questão moderna para termos pressa de pensar no que estamos fazendo de bom ou de ruim.
O Imoderado parece agradar mais ao povo, justamente agora na ventania do "Fashion" - uma das sementes do moderno emergente. Há o cidadão ecológico, cheio de natureza e saúde, jogado ao exercício físico exagerado - cai no pós-moderno. É mais rápido do que seus pensamentos. Seu corpo adquire outra roupagem, dessa feita cheia de artificialismos. Será que esses enfartos fulminantes em jovens atletas dos dias modernos não sejam uma resposta da vida de ontem, dizendo-nos que andamos rápidos demais? Tenho medo de que estejamos desvivendo com a modernidade de hábitos e de valores. Vale a pena parar para pensar até onde podemos ir sem pressa e sem medo de ser feliz.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui