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cronicas-->O Homem é o que lê! -- 06/08/2007 - 20:21 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Homem é o que lê!

Magoa-nos esta maldita enxurrada de notícias ruins, desde as sanguessugas às anacondas, passando por mensaleiros, ambulàncias e tantas outras coisas mais. Parece que virou um axioma ser-se subtraidor do dinheiro público. Das duas, uma: ou se está facilitando demais a roubalheira., ou o país, muito empobrecido, aderiu ao Deus nos acuda e todo mundo está partindo para o desespero do rouba-rouba.
Há uma alta escada nacional, onde cada degrau representa um tema importante a ser tratado. A falta de coragem de nossos governantes em enfrentá-los, faz com que optem por pular de três em três degraus. Quando não se esborracham no chão, chegam logo pertinho das estrelas e brilham no descanso da impunidade. Como os temas mais urgentes - suas decisões - são impopulares e retiram votos, eles continuam a jogar sob o tapete da República e assim vão escondendo o lixo que, mesmo sem feder tanto, um dia vem à tona e fere a sociedade limpa dessas mazelas.,e esses miseráveis não sofrem quase nada.
Há certas indigências por grandes idéias. Os homens públicos estão ensurdecendo diante dos grandes ideais de ontem. Exauram-se por permanecer em cima do muro, envergonhados, mas a estampar na face o falso sorriso do "mea culpa".
A Operação Dominó envergonha não só Rondónia, mas todo o país. Tive pena e nojo ao ver um Presidente de um Tribunal de Justiça ser preso por falcatruas. Está havendo um desequilíbrio entre os poderes constituídos. O pudor, a ética, os bons costumes, tudo isso está descendo rio abaixo. A tradição purista dessas instituições está sombreada. A lisura para com o trato com as coisas públicas foi relegada a um segundo plano. A ordem se inverteu, e o crime fecundou tanto essa terra infernal que criaram, que já pode, se quiser, construir uma República paralela. Será o caos que, ao meu ver, já está erguendo seu palácio Real. Pelo menos, exército para defender a desordem dessa nova criação, já há o suficiente para manter a desordem operante e bem definida.
Não se está cuidando mais, devidamente, do nosso país. O Capitalismo Selvagem parece ter transformado a relação afetiva entre os seres humanos numa máquina mortífera, desviada de todo e qualquer valor moral e ético,comprometido com a própria essência existencialista do homem.
Há um jogo! A bola da vez está apenas com o mais rico que, naturalmente, é o mais poderoso. O pobre serve para não ser exterminado. O que gritar muito alto poderá até escapar por força de sua evidência. Os mesmos que roubam e matam, às vezes, por um temor estranho, protegem os miseráveis que estão forçosamente do outro lado do jogo. Na mesa, só tomam assento os que fogem das regras sociais, descumprem as leis e têm o poder e a força para se impor além das cartas do jogo.
Acredito tanto que o homem que lê e abraça a Literatura, possa mudar o mundo, que me alegro, até ousadamente, vindo-me à mente o grande escritor alemão Hermann Hesse, e uma de suas últimas obras: O Jogo das Contas de Vidro. Esse romance faz-nos viajar exatamente por caminhos de um mundo extremamente oposto, onde a fantasia da ficção faz-nos sentir que a nossa grande esperança em mudarmos para seres mais dignos, passa por enveredarmos pelas grandes leituras. Aí, logo me entristeço. Lembro-me de que nosso país é um país de semi-analfabetos e os que fizeram até o curso superior, desses, poucos lêem o que merecidamente foi feito para esse fim. E agora? Resta lembrar o velho lobo Brizola - discurso tão repetido atualmente por um dos candidatos à Presidência da República - a solução para todos esses grandes problemas nossos, problemas esses que têm tirado o sono da sociedade, está numa revolução chamada EDUCAÇÃO! Ou iremos a ela ou morreremos por sua ausência dentro de nossas almas. O homem é o que lê.
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