Diga-me com quem andas...
Para quem pensa que vou falar de política, lamento, mas eu quero abordar outros temas mais interessantes. Por mais que a gente queira defender o Lula, confesso que já me enchi do seu discurso meloso.
Preferia um pós graduado, um mestre, um PHD na presidência, ou pelo menos nos ministérios. Bem, já tivemos um mestre na presidência e a experiência também não foi muito boa.
Pois se espera tanto de um presidente que a única coisa que pode acontecer é a frustração. E, de repente, vem a memória que um presidente não pode ser considerado um salvador da pátria, já que o seu poder não é muito grande. Ele não decide, tem que se entender com forças políticas que se disponham a apóia-lo.
Diga-me com quem andas e te direi quem és... Em política o ditado não funciona, pois as alianças são fruto de acordos momentàneos, os políticos mudam de partido e se transformam da noite para o dia.
Vejam o caso do ministério da Defesa. Criado pelo FHC, tal ministério sempre foi uma área crítica dos governos. Em primeiro lugar, há que se lidar com os chefes militares. Ser chefe dos chefes deve ser uma arte. Não pode ser qualquer um.
Nelson Jobim é um homem com experiência e envergadura política para o cargo. Ora bolas, porque não o escolheu desde o início. Nos pouparia muitos dissabores. Bem, a verdade, na política como no amor é cheia de meandros. Não basta escolher, é preciso que o escolhido aceite e vista a camisa. Pois a aceitação tem implicações a longo prazo.
Caso Nelson Jobim consiga, não digo resolver, mas controlar a situação do transporte aéreo, ele poderá vir a ser o próximo presidente do Brasil, do mesmo modo que o FHC se elegeu com o mito de que criou o real e controlou a inflação.
E como aval de Lula.
(Acaba que falei de política. Mas, enfim, a política incomoda e nos massacra no dia-a-dia. Eu sempre achei que política de cidade pequena consiste em "arrumar " emprego para os amigos. Em plano nacional , talvez seja a mesma coisa. Mas é preciso que os amigos sejam eficientes, não dá para escolher qualquer um).
Tinha dado a esta crónica o título: "Diga-me com quem andas...". Mas antes de publicar pesquisei na "Google" e encontrei tanta coisa com esse título que resolví mudar. A escolha de títulos é, como a escolha de ministros e de canditatos a cargos eletivos, um problema crucial, pois pode decicir o destino de um texto, ou de um político. Troquei o título para "O salvador da pátria". Bem, scho bom não olhar no "google" pois deve ter muito salvador da pátria por lá.
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