Quantas vezes, na busca da conquista daquele amor que parece ser o maior de nossas vidas,não acabamos exagerando nas nossas demonstrações de afeto e de carinho?
Não há nada de errado com isso certamente, aliás, quem não gosta de ser o alvo de atenções,quem não curte ser tratado bem?
Mas muitas vezes, esse brilho do exagero acaba ofuscando a verdadeira razão disso tudo... acaba deixando o sentimento num segundo plano,enquanto nos preocupamos com nossos novos truques,enquanto inventamos estratagemas ainda mais elaborados para alcançarmos nossas conquistas... aquele amor que será eterno enquanto dure...
e que tantas vezes já foi sacramentado dentro de nós...
e do outro...
e nós mesmos... vítimas do nosso exagero...
não percebemos esse sentimento batendo no peito!
E aí...
no meio de tantos fogos de artifícios, de tantas artimanhas, esse começo de amor acaba se dissolvendo, acaba perdendo a força... aquelo viço característico do começo, pois o alvo do nosso verdadeiro sentimento... o amor do outro... se perdeu no meio de tanto parafernália!
Muitas vezes, o que a outra pessoa mais quer.
e pode apostar que a maioria delas talvez seja assim, é que você simplesmente entre...
sem bater...
e aí depois a inunde de paixão... e amor...
tão suave quanto uma onde de calor
que não queima... mas aquece...
tão certo quanto uma luz que brilha no escuro
distante... mas que chega direto no coração...
Por isso, enquanto bola o seu novo plano, a sua nova estratégia de conquista, pare!
E apenas repare se a porta não está entreaberta
te chamando para dentro...
e então,
suavemente... entre...
sem bater!
Silvio Guerini
28 de maio de 2007
guerinis@uol.com.br
