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Cartas-->Carta das dúvidas -- 11/04/2004 - 16:40 (Isaias Zuza Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta:

Segura em tuas mãos o coração e não desperdiça as vagas do éter combinando com o trabalho dos dias. Eu fiz tanta poesia duvidando do seu poder, duvidando da alma, duvidando do corpo na impossibilidade das distâncias das vontades, das mentes, de Deus e das palavras e quaisquer códigos na substância humana da comunicação, do querere dizer, querere acontecer num amor que só depende de um coração nas mãos, de cotidiano vagaroso nas horas corridas em que não é preciso mais poesia, nem duvidar, nem acreditar, mas deixar.
Tão somente segura este coração e não feche as mãos, não sangre os dedos. Tão somente deixe abertas as mãos, de braços estendidos, olhos vistosos, boca cingida e soltos os cabelos cor de fogo, querida, longe dos passos em que me paro para ver a si aproximando quando de repente esqueço que ainda são só olhos e não há dizer [porque quero da água tirar o gelo e derreter em vapor em junção de corpos], que são os gestos um esconder em si visões e um aproximar quase tocar peles e ecoar por todo o dentro um compasso furioso como qualquer natureza na força com que se faz as batidas do coração fervendo sangue fervendo rosto, neurônios [mas não tremor, não existe medo, não se faz a culpa]. E agora, neste divagar, só é poesia, só é distância, mas não vou duvidar, pois deste código quero montar não a alma, não o corpo, talvez a perda de sentidos, umas poucas palavras que mostrem muito desenho e cores de uma só sorte [beijos e a certeza dos movimentos dum medir de corpo inteiro].
Eu fiz tanta poesia duvidando, que a tinta acaba, há borros e o papel se rasga, se acaba na viração e a tela do que era quadro e/ou retrato e depois máquina computador não é Deus do amor que construiu eterno em seis dias de criação para um pouco de descanço [como quem se perpetua no trabalho da multiplicação humana de quatro mãos e pés e coxas e um osso a menos no concreto-homem para um repouso seu depois de fazer criar sua imagem e semelhança assim como o é no Divino após de pairar sobre as formas da terra e da água virando vento no fazer da gente]. Eu só fiz poesia, e isto só serve para um sorriso, uma imaginação, pouco de vapor, vaidade tua [os sonhos é coisa da matéria de duvidar, é coisa do mundo]. Ainda que eu só tenha olhos tudo é de duvidar, porque quero as mãos e quero um estar dentro de não haver longínquo os passos, as andanças e errar longes nas distâncias entre o que for coisas de amantes [e isto não sei eu ainda se também é coisa do mundo].
Esqueço a poesia, só quero dizer que melhor é a paz do depois de saber ir caminhando juntos e cair nuns laivos de olhos fechados dum vento-respiração, trovão-cardíaco. Eu só quero a prática aparecendo inconscientemente teoria e fazer-me mestre, sábio sem saber dizer o que é do amor mas dele saber só por ver eu mesmo fazer bastante a si, amor meu, Maria Isabel.
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