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Teses_Monologos-->Minha Tese de Mestrado -- 04/12/2003 - 15:24 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O Mundo Já Foi Quadrado
(Por Domingos Oliveira Medeiros)


O mundo já foi um plano. Depois foi arredondado Não sem haver muita briga. Não sem haver muita intriga. Não sem haver desengano. E até cientista afamado. Tentando explicar o fato. Da curva do horizonte. Até mostrou o retrato. De pronto não convenceu. Não teve significância. Foi muito caluniado. O seu significado. Por conta da ignorância. Chamado de louco e tarado. De brucho e até de doente. Doente desenganado. Acabou trancafiado.

Depois de muita implicância. E de muita militância. A tese ficou provada. Pra surpresa de muita gente. O cientista estava certo. Da tese do mundo redondo. Bem longe de ser aceita. A conclusão é perfeita. E o mundo mudou de forma. Virou de cabeça pra baixo. Depois de tanta arrogância. Acabou virando norma. E o assunto foi encerrado. E antes quem era contra. Passou a mudar de lado.

Até há pouco a teoria. Da redondeza do mundo. Daquele pensar profundo. Ainda tinha valia. Ainda se acreditava. Que o mundo era uma bola.. Com outro significado. Redondo significando. Que não era complicado. Mas não demorou muito tempo. Pra perceber que o mundo. Não era assim tão certinho. Conforme a gente pensava. E tudo começou a mudar. Depois que algumas palavras. Passaram a ter outro sentido. A dizer o indizível.

Dentro de um mundo moderno. Mudando o significado. Tudo que era antigo. Igual ao mundo redondo. Não demorou muito tempo. E neste tempo hodierno. Mudou de forma e sentido. E tudo que era velho. Passou logo a ser quadrado. O velho que era idoso. Hoje o chamam de coroa. E tratado numa boa. Com jeito às vezes maldoso. Igual ao mundo redondo. Ganhou fama de antiquado. E tudo que era antigo. Foi de pronto superado. Passando a ser hodierno. Tudo que é jovem e moderno. Como hoje é chamado. E tudo ficou truncado.

Amar mudou de sentido. Namoro virou ficar. Um verbo contrariado. Pois quem fica no namoro. Na verdade não demora. Conhece a moça num dia. E no outro vai embora. Amar é fazer sexo. Em qualquer lugar e hora. Não é preciso paixão. Não é preciso cuidado. Isso é coisa do passado. Basta ter disposição. Basta entrar no motel. Com um pouco de tesão. E no outro dia acordar. E verificar com surpresa. Que a loira com quem dormiu. Que tanto você beijou. De manhã quando sorriu. E a peruca tirou. Tinha a barba bem cerrada. E cabelo por todo lado. E o que ontem fora bom. Hoje ficou complicado.

A idade é outra coisa. Que muda conforme o contexto. Quando se está muito velho. Quase sempre a pretexto.. A idade cronológica é a que mais aparece. Aquela que não se esquece. Aquela que ninguém duvida. Mas se o coroa é sadio. E ainda pensa em namoro. A idade mental modifica. Passa a ser a de menino. Volta a ficar no cio. E às vezes até acontece. No pensamento o namoro. Mas na hora de dá no coro. O corpo não acompanha. E o velho apela pra manha. Faz o jogo social. Passeia com a menina. E tudo fica normal. Depois que toma a vitamina. Depois do restaurante. Tudo muda num instante. E a coisa fica fina.

Até a geometria. Que antes era usada. Pra definir o espaço. Com o risco do seu traçado. Agora entrou na política. De modo acentuado. E mudou tudo de lado. Tem partido de esquerda, entrando pela direita, saindo do outro lado, numa manobra imperfeita.. E tem gente na direita, que de tanto mamar o leite, agora depois do arroto, pretender mudar de ração. Passou a escrever com a esquerda. E virou até canhoto. Vem fazendo corpo mole, vem fazendo oposição. Tranca a pauta do Congresso. E parte para o recesso, mudando de opinião. Mas afinal são todos eles. Não há partido que não. Deixaram de lado os programas. E só pensam na eleição. De preferência à vontade. Sem a tal coligação. A bagunça está formada. E também a opinião. Melhor estar no Poder, do que parar para ver, o que diz a Constituição.

E assim nós vamos levando. No lombo o coro à vontade. Parece que não tem idade. Parece que não tem perdão. Mas digo de coração. Com toda sinceridade. É grande a coisa empurrada. É grande o nosso chumaço. Estão tratando o povo. Como se fosse palhaço. Palhaço sem luz, sem razão. Palhaço que paga a conta. Da falta de energia. Desse governo esquecido. Que por não ter investido. Inventou o apagão.

Mas há luz no final do túnel. Embora com pouca energia. Apontando pra solução. E apesar da oferta. Ser pouca e de má qualidade. Vamos pensar à vontade. Nessa próxima eleição. Escolher um candidato. Jamais pelo retrato. Jamais pelo cabelo. Escolher homem cordato. Que possua condição. De tratar esta Nação. Com um pouco mais de zelo.





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