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Poesias-->Violeta Fúnebre -- 21/03/2020 - 18:37 (Delasnieve Daspet) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Violeta  Fúnebre!

Delasnieve Daspet

.

Estamos a deriva. Um navio solto neste mar de loucura.

Sem vento que nos leve a outros portos.

Os meus olhos,  enxergam e não acreditam

Que o nosso chão cede e segue.

Aquilo que todos diziam – aconteceu!

Uma gotinha de alguma coisa. Invisível. Nos isolou.

Nos roubou o riso. O abraço. A jovialidade

Do mundo das trevas, distante,

Que já produziu várias pestes, envoltas em mentiras,

Veio a coroa fúnebre para a Humanidade.

Foi assim com o SARS, Gripe Aviária,  Peste Negra.

O Apocalipse se instalou. Os filmes se tornaram reais.

É a  realidade que nos permeia . Já não existem cotas.

Diferenças de classes.  De etnias. Ricos ou pobres.

Fomos nivelados e igualados. Não existe mais o aperto de mãos.

Todas as nações se protegem. Se fecham.  Mas se igualaram.

O mal vem pelo ar. E, todas choram seus mortos.

Os valores mudaram. Tudo fechou.  Estamos enclausurados.

A reflexão nos faz repensar a importância das coisas.

Redescobrir a essência. A  caridade  e a unidade.

A vida,  mostrou-se o principal valor.  É  importante  estarmos juntos.

Isolados, morreremos.

Pelos caminhos do mundo  o povo é massa e submisso. Está amedrontado.

É uma folha que balança ao vento e se dobra de forma selvagem.

E descobre na sua fraqueza a força.

É o sonho que o mantém vivo.  É um sobrevivente trágico, épico, infinito.

E se juntam nos campos da Terra. Buscam   sua hora de colher.

Buscam a paz e a serenidade. Esperam cruzar este momento.

Esperam a chuva que haverá de lavar todas as impurezas dos homens.

Esperam a grama crescer.

Somos a criação do Senhor. De infinita beleza. 

Hoje, estamos violeta-fúnebres, por ação dos homens.

Nos aguarda, um feio pôr-do-sol de um feio entardecer.

O arco-íris surge no final.

Campo Grande - MS,    21   de março   de 2020

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