Dúvidas de Primeiro de Maio
(por Domingos Oliveira Medeiros)
O primeiro de maio deste ano não será, por certo, como esperava a maioria dos brasileiros, infelizmente. Como diz a canção, “o morro está triste, e o pandeiro calado”.
O nosso porta-bandeiras, o companheiro Lula, parece que mudou de lado e de discurso. E, mais uma vez, o governo tenta jogar a culpa de todas as sua mazelas nos servidores públicos.
Dizem que sem a reforma da Previdência, o país não sairá do atoleiro. Um país que depende da contribuição dos seus aposentados, para voltar a crescer, não pode ser considerado um pais sério.
O governo bem que poderia decidir melhor. Todos os trabalhadores deveriam contribuir sobre o total da remuneração. Como fazem, hoje, os servidores públicos. E todos deveriam ter direito ao FGTS. Desse modo, o governo teria mais recursos para gerir o sistema. Sem necessidade de privatizá-lo, parcialmente.
Do jeito que está, o privilégio troca de lugar. Os trabalhadores do Regime Geral terão aumentado o seu limite e, de quebra, ainda ficam com direito ao FGTS.
Já o servidor público, perderá dos dois lados. Na questão do FGTS e na questão do teto.
Isso não me parece justro. Com a palavra o ministro da Previdência.
Domingos Oliveira Medeiros
30 de abril de 2003
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