PAC (antologia)*
"O Brasil pobre que ninguém vê" **
Esconde-se em regiões muito carentes,
Onde pessoas tristes (e sem dentes!)
Sobrevivem, e a grana é só um quê...
Esquecido, o eleitor ainda crê
Em promessas fantásticas e atraentes,
Que o iludem com velhíssimos presentes
E o transformam em sujo e horrendo ETÊ.
Congresso em lamaçal se mete e atola
Sem encontrar quase nenhum político
Que esteja isento do rigor da sola.
De tantos males sofre o sifilítico;
O país, ingrato, pensa mais na bola
Enquanto o homem se acaba tão raquítico!
* Por ocasião da materia "O Brasil mais pobre que o PAC não vê" (CB, 07/06/2009, Capa e Tema do Dia, pp. 2 a 5).
** Antologia literária internacional (poemas, contos, crônicas). Clássicos Contemporâneos. Real Academia de Letras. Editora Mário Pacheco Scherer, Porto alegre (RS), 2009, p. 42.
|