| Descasco cebolas para fritar com cogumelos, tomates e alcaparras. Ao juntar com caldo de legumes, óleo de canola, pimentas variadas e queijo ralado, o macarrão integral feito ao "alho e óleo" do almoço vai ficar picante e muito saboroso. O ingrediente, ou combustível, de um vinho tinto "demi-sec" saboreado na elaboração do prato me transporta para um nível transdisciplinar onde eu agradeço por tudo, me alegro com o dia, com tudo que me aconteceu. Pelas pessoas que passaram na minha frente hoje. Pela melhora dos pais, pelas notícias dos filhos, pelos alunos do Lab-Caos, meu trabalho, colegas, meus cães, artigos que escrevo, livros que escrevo e leio, etc... What a day... Afinal, até mesmo a reunião da congregação de hoje cedo trouxe um resultado bom, bom mesmo. É raro... Sim, poderia ter sido melhor, claro, porém considerando o estágio evolutivo da maioria dos congregantes, foi bom demais. Frase de um Mercúrio leonino? Modéstia à s favas... Os anjos inspiram e alguns recebem. Alguns sintonizam... Assim foi hoje. Alguns receberam e falaram por nós. Que bom... E os outros, ainda presos aos atratores entrópicos? Paciência... Nessas horas a hipótese das muitas vidas faz muito sentido... Terão que voltar algumas vezes... Como tudo está emaranhado com tudo, a questão que me surge na frente do fogão neste momento é que o descascar das cebolas é uma atitude de purificação. Não dá para não chorar. Dizem que é bom, pois as lágrimas limpam os canais lacrimais. Então, cortar cebolas é bom. Chorar é bom igualmente. É um pico negativo onde a derivada matemática é zero. Lembro-me de um livreto evangélico que li em minha juventude: "O Poder do Louvor". Em resumo, o pastor indicava ser necessário agradecer por toda e qualquer situação da vida, mesmo as mais duras e difíceis. Elas fazem chorar, sem dúvida, mas, no fundo, são boas para nós mesmos. Representam aquilo que precisamos. Não é masoquismo, é diferente. Não se trata de dizer que "Deus quis assim, paciência". Falo de uma atitude transformadora! Em acreditar que algo de muito bom vem depois daqueles primeiros momentos de choro e dor, depois da purificação necessária. Em miniatura, é a ressurreição depois da morte no calvário. Posso dizer que a mistura comestível ficou excelente, principalmente, agora, ao som da Alpha FM. Ouço, por exemplo, "I´ll see you when I get there" e vejo que é bem isso mesmo, ao me referir ao meu anjo guardião que me aguarda depois da tempestade e espera o meu "sim". Assim também a vida nova que segue o choro. O choro é real, mas quem fica no choro, fica na entropia. Quem crê no além-choro, descobre as delícias da vida nova. Quando você corta cebolas, é para construir algo maior, não para ficar cortando cebolas para o resto da vida. E quando você usa, nesse momento, "o poder do agora", aí entra o poder do louvor em ação. "Senhor, te agradeço por este choro". Quem é capaz de dizer isso ao enfrentar o choro? Ou as vicissitudes, quedas e nós da vida? Será que dá para mudar e viver assim??? Olha só, ao fazer o jantar terapêutico descobri que o louvor tem poder mesmo. Momentos transcendentes antes do solstício de inverno? Alguns agora estão meditando de forma mais clássica, eu sei... Porém, cada um viaja com seus meios mais propícios... Para você que ainda não meditou hoje, que tal cortar uma cebola como insight de meditação? |
