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Artigos-->123. TERGIVERSAÇÕES DOMÉSTICAS — HOMERO -- 20/02/2003 - 10:27 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quando a Lua pairar soberana, emitindo seus reflexos de luz sobre a Terra, aí o nosso ânimo terá serenado e, furtivamente, poderemos perlustrar os meandros mais íntimos do coração, na busca do que realmente nos conduziu a reagir tão dolorosamente, nos diversos casos de desavenças que nos atormentaram o dia. Se formos inteiramente sinceros com nós mesmos, poderemos defrontar-nos com razões bobas ou com razões ainda imponderáveis, dependendo do grau de evolução de cada um de nós. Poderemos observar que nosso espírito está sobejamente sabendo o que realmente o atormenta, dificultando relacionamento saudável até mesmo com as pessoas que nos são as mais caras e a quem deveríamos dedicar o nosso empenho mais carinhoso, mais caritativo.



Sem compromissos desta natureza, a pessoa se veria perdida na multidão, pois a cada um cabe congraçar em torno de si punhado de elementos que, embora não vibrem exatamente com o mesmo teor de ondas, formam o que verdadeiramente chamamos de família, pois as relações entre os indivíduos não devem ser perfeitas mas equilibradas, uma vez que é estimulante para o desenvolvimento espiritual de cada um obter a emulação dos companheiros, para procederem em teste dos atributos que devam adquirir e inserir no âmbito de seu descortino consciencial, se assim podemos dizer.



Não nos cabe, pois, apenas censurar o procedimento em desacordo que, porventura, tiver sido adotado, mas, principalmente, devemos prevenir para não haver necessidade de, posteriormente, corrigir, buscando padrões renovadores, quando é muito mais simples e mais fácil agir lucidamente, nos momentos em que são solicitadas de nós atitudes comprometidas com o bem que aspiramos conquistar e que não está devidamente cristalizado no âmago de nossa personalidade. Se, mais tarde, nos acusarmos de invigilância e de ter agido em desacordo com os princípios que nós mesmos propugnamos como os mais coerentes com os mandamentos das leis divinas, poderemos temperar o nosso proceder, incentivando-o a tomar outra atitude, caso eventos da mesma natureza se apresentem novamente.



É nesse sentido que estimulamos os nossos irmãos encarnados. Que meditem profundamente sobre cada ato que se obrigaram a realizar sob o influxo da emotividade conjuntural, quando sua mente ficou confusa, obnubilada pela indesejável presença de ocorrências em desarmonia com o que primamos em obter através de nossos atos pautados pelas normas evangélicas, que elegemos para a nossa vida. Nem sempre, no entanto, tudo acontece segundo a nossa vontade. Então, é preciso reconhecer onde realmente reside o fato em desacordo com a nossa programação para podermos delinear a nossa defensiva, pondo-nos a coberto de nós mesmos, caso seja tendência nossa reagir sob o impulso da violência, ao impacto de qualquer ato que nos pareça ofensivo, pondo em risco a nossa segurança e o nosso equilíbrio emocional.



Não nos basta, porém, esta vigilância diuturna que devemos exercer sobre o nosso modo de agir e reagir; é preciso prepararmo-nos convenientemente, colocando-nos sob o amparo dos amigos da espiritualidade, para o que é de todo útil estudar as leis da ação e da reação do condicionamento pavloviano, segundo as quais é o reflexo que nos impulsiona a agir segundo aprendizagens anteriormente integradas à nossa maneira de ser. Essa experiência de vida tem valor inestimável quando aplicada a estímulos de ordem moral que visem a despertar de imediato os indivíduos para a oração restauradora do grau de confiabilidade que devemos dedicar ao nosso descortino.



Nesse instante de cataclismo, que nos parece assenhorear-se de nós nos momentos de insuflação de nossos mais baixos instintos, lembranças da animalidade que persiste em nossa formação cinético-psicomotora, poderemos erguer o nosso padrão vibratório, se estivermos habituados a elevar os nossos pensamentos a Deus, superando toda e qualquer reação indébita que, porventura, venha a assaltar-nos. Dessa vibração superior surgirão os devidos auxílios da magnetização possível de ser levada a efeito pelos amigos da espiritualidade que compõem o “time” de “experts” no domínio do socorrismo, de que cada grupo familiar obrigatoriamente se faz acompanhar, por obra e graça das leis emanadas dos círculos superiores, que agem sob o influxo direto da misericórdia divina.



Esse amparo nunca negado é que possibilitará rápida recomposição moral da personalidade momentaneamente desequilibrada e que lhe dará a serenidade da ponderação mais eficaz para contornar as dificuldades inerentes aos momentos de tensão causados ao grupo por interferências de várias ordens, quer puramente pessoais, quer imantadas por espíritos brincalhões ou sofredores, que se julgam no direito de perturbar os ambientes domésticos, até mesmo com a desculpa de que, agindo assim, estão ajudando o Senhor em pôr à prova os amigos encarnados. Sobre este engano de interpretação do procedimento de cada um, tivemos anteriormente oportunidade de discorrer. (Ver “A verdadeira interpretação”, texto de Olavo, com comentários de Marcelo e equipe.)



Não insistiremos neste ponto, mas iremos dedicar algumas linhas mais a outro aspecto de suma importância no reajustamento das vibrações familiais. Trata-se do aspecto muito discutido atualmente da “liberdade” que cada um deve ter em função das regras rígidas que a sociedade impôs ao relacionamento doméstico, no decorrer dos últimos milênios, e que parecem estar desfazendo-se em prol da liberalização maior dos indivíduos, para que possam relacionar-se no âmbito da sociedade maior, muitas vezes em detrimento das obrigações a que estava sujeito na célula familiar.



O nosso ponto de vista parecerá a quantos tenham procedimento mais conservador como inconsistente. Por isso, pedimos, previamente, que, antes de julgar o nosso discurso, abram os corações para as verdades do Cristo, segundo as quais as leis maiores são o amor a Deus e ao próximo. Se o caro leitor fizer ainda prece recolhida para obtenção de luzes para o seu entendimento, colocar-se-á em condições psicológicas de absorver as nossas palavras, integrando-as à consciência, local mais certo para que possa passar pelo crivo da argumentação mais isenta de preconceitos, especialmente religiosos e sociais. Agora, sem que nos percamos em considerações paralelas, vamos conduzir-nos ao âmago da questão.



A liberdade que está desvinculando e desmembrando o conceito de família deve ser encarada sob dois aspectos essenciais: o desejo de furtar-se dos compromissos atávicos que jungem o indivíduo indelevelmente ao grupo de espíritos que se uniram para o cumprimento em conjunto dos compromissos assumidos anteriormente ao encarne, e, nesse caso, é danosa do ponto de vista espiritual; e a liberdade a que se aspira para se integrar ao amor em sua complexidade universalizante, ou, melhor dizendo, a liberdade de se cortarem os liames restritos ao domínio familiar, para que haja a possibilidade de junção aos indivíduos “livres” ou “libertos” da sociedade maior, passando cada qual a considerar-se “cidadão do mundo”, caso em que os liames persistem, sendo ilusória a liberdade alcançada.



Neste último aspecto é que iremos surpreender os mais idosos, os mais afeitos à realidade superior dos círculos espirituais, os mais estreitamente afins ao domínio das leis e costumes que imperam sobre a face da Terra, pois esta liberdade é legítima e, mesmo que venham a desfazer-se os vínculos entre os indivíduos de uma mesma família, mesmo que até a figura do casamento possa vir a ser relegada a segundo plano, mesmo assim daremos aos indivíduos que visem a desenvolver-se até à plenitude de sua capacitação na presente encarnação o pleno direito de romper os laços domésticos para prender-se aos liames mais extensos, mais abrangentes, da coletividade humana.



Esta transformação está em andamento e não demorará (o tempo está sendo contado de acordo com o relógio espiritual) para que a sociedade universal, região por região, vá adaptando-se ao princípio da universalização dos benefícios e, por via de conseqüência, dos deveres e compromissos.



Tememos que nos tenhamos adiantado em nosso tema, cujo início foi debater e orientar a respeito das tergiversações domésticas mais elementares e acabamos levando-nos a considerações de ordem universalizante, o que está de acordo com as nossas preocupações mais sérias no momento.



Pedindo escusar-nos por termos abusado de sua atenção, esperamos ter contribuído para que suas meditações se estendam no sentido de aceitarem discussões de temas que parecem estar estabelecidos, calcados e decalcados nas estruturas mentais dos que atualmente vicejam sobre a face da Terra. Neste aspecto, temos a acrescentar tópico importante (e breve): a liberdade ou liberalidade do pensamento dos humanos.



Hoje em dia, nós nos deparamos com fenômeno mental curioso: as pessoas se deixam levar pela imaginação (a televisão é demonstração inequívoca de nossa afirmação) e tudo se permite no âmbito da fantasia. No momento, entretanto, em que assuntos morais relevantes são postos à luz do dia para discussão consciente, retraem-se e não admitem peremptoriamente que sejam sequer citadas situações que possam vir a contrariar conceitos sociais arraigados no espírito de cada um, como se fosse impossível tocar no inconsciente coletivo, na mais rigorosa concepção junguiana. Esta observação fizemos de passagem, embora merecesse desenvolvimento muito mais amplo e profundo.



Graças a Deus, irmãozinho, estamos prontos para retirarmo-nos, cheios de alegria por termos podido tão livremente expor o resultado de nossos estudos no campo do companheirismo humano. Saiba que estivemos presentes em seu lar durante toda a manhã e que dedicamos as nossas apreciações ao casal que tão maravilhosamente conseguiu superar estado que, em outras oportunidades ou em outras famílias, teria sido motivo de perlengas mais delongadas. Escusas pedimos pela intromissão, mas saiba que compomos no vasto número de elementos do grupo de socorristas que diariamente vem ditando as mensagens que diligentemente você se tem prontificado a receber. Parabéns pelo trabalho e fique na paz do Senhor!



Oremos comovida prece para que todos possam reequilibrar-se no que respeita ao desforço que o trabalho exigiu e coloquemo-nos em seguida à disposição para novas mensagens de orientação ou de doutrinação.



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