Vejo-me com saudade de minha mãe. Há quanto tempo se fora, para nunca mais voltar. Não é verdade. Está sempre ao meu lado. Meu pai também. Prometera nunca me abandonar e sempre o sinto ao meu lado, embora não mais esteja no mundo dos vivos, há quase meio século. Faz tanto tempo assim, meu Deus. Como o tempo passa tão depressa. Não, não, o tempo é apenas parte da eternidade que nunca começa, nunca termina!
E assim imagino minha mãe e meu pai, ao meu redor. Eu volto para o passado e pergunto a ela, por que os homens brigam tanto, não se entendem, por que há diferença entre eles, os negros, separados dos brancos, os judeus maltratados, por outros, a religião segregando os homens. Estes se matando uns aos outros, sempre em nome do mesmo Deus. Um verdadeiro paradoxo. Incompreensível.
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