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Contos-->UMA PALAVRA AMIGA -- 28/01/2015 - 12:40 (GIVALDO ZEFERINO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


– Percebo que você não está bem. Posso fazer alguma coisa para ajudá-la?
– Por que acha que não estou bem?
– Porque você mesma se denuncia. Há pessoas que são incapazes de simular seus dissabores.
– Por isso, você veio ter comigo. Não se preocupe. Estou ótima.
– Acho você arredia.
– Como assim?
– Se afasta das pessoas... Algum problema com você?
– Se tiver, vai poder resolvê-lo?
– Poderei ajudá-la.
– Por que as pessoas sempre acham que podem resolver os contratempos alheios?... “Se fosse comigo, a coisa seria diferente. Eu faria isso, faria aquilo...” – disse num tom sarcástico.
– E quando a situação se reverte, o papo é outro, isso eu sei.
– É muito fácil. Um toque de mágica, e pluft! Tá tudo resolvido. Você quer me ajudar... Tudo bem. Como poderá me ajudar?
– Sendo seu amigo. Quer ouvir uns versos que eu escrevi?
– Poesia é para os sonhadores.
– É... Quem não sonha, não vive. A felicidade tem uma inclinação especial para o coração dos sonhadores. Quando me vejo deprimido e acabrunhado, converso comigo mesmo e também com aquilo que me abate; faço assim meu desabafo e sigo adiante.
– Aí o problema está resolvido...
– Simplesmente não permito que me sufoque. Alguma coisa acontece, e mais cedo ou mais tarde, ele morre ou se resolve por si mesmo.
– E quando está triste, começa a falar...
– Depois de discutir o assunto comigo, pego o meu violão, dedilho um prelúdio e canto.
E cantou para ela uma melodia que lhe tocou o coração.

Um silêncio, uma lágrima. Ela se emocionara; não sabia o que falar. Aquele cara sorridente e expansivo chegara no momento certo. Enxugou a lágrima e exibiu um sorriso.
– Puxa! Você me tira do sério! exclamou.
– Nunca encare o sério seriamente. Encare-o sempre com senso de humor; e os problemas impossíveis tornar-se-ão solucionáveis como um problema de matemática, assegurou num tom enfático.
– Verdade?
– Claro! Experimente!... Você ainda não me disse o seu nome.
– O meu nome é Olga.
– O meu, Samuel.
– Já o conheço, por sua fama.
– Minha fama de mau?
– Nem tanto... E a tristeza se vai?
– Só sei que começo a rir de tudo, inclusive de mim.
Retirou-se cantarolando, acompanhado pela criatura que, minutos antes, via-se envolvida numa terrível depressão.

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