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Contos-->DA BELEZA -- 12/01/2015 - 19:14 (GIVALDO ZEFERINO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Da beleza

Eu havia sido transferido de seção na empresa onde exercia o cargo de escriturário.

Minha nova chefa era uma solteirona de seus quarenta e cinco anos e tinha um espírito jovial e afável em todos os momentos.

Ela me recebeu com carinho e me deu um abraço tão forte que quase me machucou as costelas. Era esse seu estilo para nos deixar bem à vontade.

Cheguei ao escritório elogiando suas qualidades e até sua beleza, mas aí exagerei, pois não era assim tão bela, contudo também não era assim tão feia. Meio termo. Sua simpatia é que lhe encobria as desvantagens e dava-lhe uma tonalidade sensual.

Uma colega que escutou o meu excesso de galanteios, a mim se dirigiu e assim falou:

– Você mente descaradamente. Quer mesmo lisonjear a chefinha, não é?

E eu respondi:

– Você é que não entende mesmo de formosura.

Ela riu-se do meu entusiasmo:


– Dessa forma, não pretendo entender.

– Minha amiga! Imagine nossa chefa toda boazuda, cheia de balangandãs, linda, delicada, gostosona, porém insensível, desaforada e sem o mínimo de consideração, encarar-nos de cima para baixo, arrogantemente posuda. Pobres coitados. Agora, mude de posição e imagine a nossa Madalena, um tanto desajeitada, um tanto gorda, que não patenteia nenhum atrativo físico, despida de qualquer vaidade, irradiando calor humano, vendendo alegria e nos tratando por igual. Finalmente, qual das duas mais a seduz?

Ela fitou-me de outra forma.

– Deixe isso pra lá. Só fiz um comentário. Mas, isso que aconteceu é só um detalhe.

Madalena aproximou-se, pegou-me pela mão e conduziu-me ao local onde eu ia trabalhar.

– Seja bem vindo, querido!

Ah, Eu preferi mil vezes essa mulher!

Eis o mistério da beleza. Para uns é... não sei. Para outros... também não sei.

Mas é assim.

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