"Grande Família"
- As coisas acontecem naturalmente em nossas vidas. Elas surgem do nada e acabam se transformando em tudo, mas é necessário sempre um trabalho árduo para que aconteça essa transformação.
- Concordo com você Ritinha, mas não posso aceitar essa sua idéia. O que me propõe é um absurdo e inaceitável! Diz que vai casar com um cara que mal conheceu e pede meu apoio. Acha que vou aceitar e sair da sua vida depois de tanto tempo?
- Não é nada disso Magali, deixa de ser burra. Eu te expliquei que o carinha está doido por mim e que é cheio da grana. Nada vai mudar entre nós, só vamos ter uma vida regalada ás custas do meu futuro marido!
- Do jeito que você fala parece simples! Você nunca namorou e muito menos gostou de homem, vivemos um relacionamento maravilhoso e somos tão felizes assim. O que vai fazer é estragar tudo com essa história!
- Ta legal! A gente se diverte, transa sexo adoidado, chamamos de felicidade a nossa liberdade, mas vivemos na merda financeiramente. To falando em grana amor. Metal pesado, bufunfa da grossa, muito dinheiro pra mudar a nossa vida.
- Mas não tem cabimento Ritinha! Acha que tem dinheiro que pague a felicidade que conseguimos juntas. Mais que amigas somos como irmãs, nos realizamos sexualmente e você quer estragar tudo com essa história. Acha que se por um cara na sua vida nada vai mudar!
- Claro que muita coisa vai mudar, mas pra melhor e pra nós duas. Teremos tudo o que quisermos. Poderemos ter um lindo apartamento, ao invés daquele muquifo que é o nosso quarto, fazer altas viagens, comprar roupas maravilhosas e nos produzirmos pra valer, tudo á custa, como já falei, do meu futuro marido.
- Acho loucura essa sua idéia! Como vamos nos encontrar se você estiver casada?
- A gente da um jeito querida. Não vou te deixar sem meus beijos e... Agora muda de assunto que é ele quem está entrando. Vê se não da mancada, em!
Elas conversavam num barzinho, perto da faculdade em que estudavam, onde esperavam por um rapaz chamado Marcelo. A louca da Ritinha, como a amiga á estava considerando, tinha conhecido o rapaz á apenas duas semanas e já estavam de casamento marcado. Eram duas lésbicas e amantes desde que ainda estudavam no colégio, e agora a doida da amiga aparecia com essa história e a levava até ali para conhecer o cara!
- Mas Ritinha...
- Cala a boca... Depois a gente conversa.
* * *
O rapaz entrou no bar e foi até onde elas estavam, deu um beijo carinhoso na Ritinha – o que deixou a Magali vermelha e possessa – e fingindo não perceber o mal estar que dominava a amiga da namorada, disse para ela meigamente:
- Oi, você só pode ser a Magali. A Ritinha fala tanto de você que até consegue me deixar com ciúmes, ele falou a deixando mais vermelha ainda.
Ficaram algum tempo ali e por mais que o rapaz fizesse para granjear a simpatia da amiga da namorada, acabou não conseguindo o seu intento.
Ele era uma pessoa muito alegre e comunicativa, dona de um humor muito fino, e fez de tudo para mudar o estado de espírito da Magali. Foi gentil, educado, brincalhão e usou todo o seu charme com ela, mas em vão.
Ela permaneceu todo o tempo calada e com a cara amarrada. Seu rosto estava dominado por uma grande tristeza e os olhos marejados de lágrimas, até que em certo momento se virou para o rapaz, o olhou cheia de ódio e falou para ele:
- Ta legal. A gente já se conheceu, só que agora vou cuidar da minha vida. Tenho muito a fazer...
- Mas Magali... - a Ritinha começou a falar, só que a amiga cortou.
- Tchau Ritinha, depois a gente se vê... – ela disse e saiu chorando do bar.
* * *
Dona Marilda lia um livro, naquela tarde, enquanto ouvia uma das músicas suaves que tanto gostava, quando a porta da sala se abriu e sua filha entrou nela chorando. Assustada e preocupada ela perguntou:
- O que foi menina? Aconteceu alguma desgraça? Por que você está chorando assim desse jeito?
- Nada não mãe... Não foi nada não.
Foi á resposta que a mãe ouviu da filha, que subiu a escada correndo e entrou em seu quarto. Ela subiu atrás, mas encontrou o quarto trancado e ouviu o pranto desconsolado da menina. Começou a chamar por ela e a bater na porta:
- Magali, o que está acontecendo? Abre a porta filha.
- Já falei que não foi nada mãe, só to com vontade de chorar. Me deixa sozinha um pouco, por favor.
- Mas filha, sou sua mãe e tenho o direito...
A mãe falava isso quando o irmão mais novo da Magali surgiu, por causa do barulho que ela fazia. Quando ficou sabendo o que estava acontecendo ele falou com pouco caso e cheio de sarcasmo:
- Deixa de ser boba mãe e para de ficar preocupada com essa desmiolada. Pra Magali estar em casa essa hora só pode ser porque brigou com aquela namorada dela. Se não fosse isso garanto que estava com ela naquele pardieiro delas se chupando. Até parece que a senhora não conhece a sua filha!
- Que maneira horrível de falar da sua irmã Luizinho! Ela está lá dentro desesperada e você dizendo bobagens. Vai, vai encontrar com seus amigos e me deixa ver se ajudo a Magali.
- Ta bom, ta bom, já to indo. Não quero mesmo saber dos problemas dessa maluca, ele falou para a mãe e saiu.
Dona Marilda então se virou para a porta do quarto da filha e começou a bater novamente nela e a dizer angustiada:
- Magali... Magali... Abre essa porta menina.
* * *
- Estou morrendo de vergonha Marcelo. Eu te falei tanto e tão bem da Magali e queria tanto que vocês fossem amigos. Não consigo entender o comportamento dela. Ela foi tão mal educada com você!
- Eu já compreendo e o acho bastante normal, o Marcelo falou. Você me disse que vocês se gostavam muito e a atitude dela mostrou que estava certa. Ela te adora e está com ciúmes de mim, é só isso.
- Ta, só que ela não tinha o direito de agir da maneira que agiu! Foi grossa e ofendeu você e a mim também.
- Tente compreendê-la Ritinha, ela te ama e quem ama comete loucuras. Tenho certeza que ela será ainda muito minha amiga e que nós três daremos muitas risadas do que aconteceu hoje. Seja paciente com ela e procure entendê-la.
- Você é mesmo maravilhoso Marcelo, a ritinha falou para ele admirada com a bondade do namorado. Só uma pessoa muito boa é capaz de entender e perdoar uma outra que teve um comportamento como o da Magali hoje. Também tenho certeza que quando ela te conhecer de verdade vai aprender a gostar de você e isso vai me deixar muito feliz.
- Pode estar certa querida, você vai ver como logo-logo todos os que amamos aceitarão o nosso casamento. Não só a Magali, mas todas as pessoas amadas por nós vão estar do nosso lado e formaremos uma "Grande Família”, ele prometeu cheio de convicção e malícia na voz.
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