É Natal, nostalgia
A nostalgia bateu!
Lembrei de natais da minha infância
Os melhores
Tinham cheiro de assados, castanhas, bolos
Abacaxi no vinho tinto, manjar branco!
Eram na casa do Vô Domingos
Como ele ficava feliz quando chegava mais alguém
Como ele era especial
A Vó Florinda um amor, mas sempre brava, falhando com ele
E tinha sempre um violão, e gente cantando
Todos dançando
Crianças brincando
Não lembro de Papai Noel e estas coisas...
Só da presença de tantos tios, tias, primos, amigos e vizinhos
E claro, meus pais..
E quando o violão parava
A gente dançava ao som de uma vitrola qualquer
A dança dos passinhos marcados
Lá dos anos 70, 80
E o cheiro de felicidade
De sorrir em liberdade
De conversas cruzadas, faladas em alto som
Desencontradas, às gargalhadas
Era a festa mais esperada
A hora de ir embora, alta madrugada
E o Vô Domingos não queria
Negava abraços, braços para trás
Só pra gente ficar mais
E jogava pro alto balas e moedas
E recolhiamos em grande algazarra
O almoço, quase logo depois
Mesas feitas com cavaletes
Cobertas com toalhas brancas
E o porquinho criado no quintal! ! Assado (pobre coitado)
Frangos recheados assados, Macarronada
Estava feita a festa
As melhores
Inesquecíveis
Lotadas de presenças, sorrisos, sons e cheiros de saudade
Felicidade
Viva o Natal da sua maneira
Com muita fé e alegria
Que, de repente, vira nostalgia
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